Reino Unido dá passo rumo à proibição gradual à venda de cigarro

Pedro Ramos Por Pedro Ramos
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Reino Unido planeja proibir o tabaco e os dispositivos de vaporização para indivíduos nascidos após 2008 (Fotografia: Reprodução/Freepik/Wirestock)

O Parlamento do Reino Unido tomou o primeiro passo em direção a uma legislação que proibirá a venda de cigarros para pessoas nascidas após 1º de janeiro de 2009. Se totalmente aprovada, esta medida posicionará o país como um dos mais rigorosos do mundo no controle do tabaco.

O objetivo é criar uma geração livre do vício do tabagismo. A partir de 2024, os jovens que completarem 15 anos nunca poderão legalmente adquirir cigarros ou dispositivos de vaping.

Atualmente, a compra de cigarros ou vapes é restrita a maiores de 18 anos. O projeto prevê a implementação da nova lei em 2027, aumentando a idade mínima a cada ano até que toda a população seja proibida de comprar tabaco.

No Reino Unido, aproximadamente 13% da população atualmente pratica o hábito de fumar, uma cifra que tem declinado desde os anos 1970. Apesar dessa tendência, o tabagismo continua sendo a principal causa de morte evitável, responsável por cerca de 80 mil óbitos anualmente, conforme relatórios das autoridades de saúde.

Restrições amplas e debates

Além de alterar a idade mínima para compra, o projeto também estabelece restrições ao vaping, incluindo a proibição de sabores e a venda de dispositivos de baixo custo, que são mais acessíveis.


Em 2027, a idade mínima para comprar cigarros será elevada a cada ano. (Fotografia: Reprodução/Freepik/Nensuria)

Apesar de ser uma medida proposta pelo governo, há falta de consenso dentro do partido do primeiro-ministro Rishi Sunak. Durante a votação no plenário do Parlamento, 383 deputados apoiaram a medida enquanto 67 foram contra. Alguns políticos conservadores proeminentes, como os ex-primeiros-ministros Boris Johnson e Liz Truss, argumentam que o projeto limita as liberdades individuais.

Controvérsias

Existe, ainda, um grupo de pressão que defende os direitos dos fumantes. Eles argumentam que a medida poderia gerar um mercado clandestino e que trata os futuros adultos como crianças. O governo assegura que não pretende criminalizar o ato de fumar e que o aumento gradual da idade mínima de compra não impedirá aqueles que já possuem permissão para comprar.

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