O primeiro robô da Boston Dynamics, referência na área de engenharia robótica e lançado há 10 anos, foi aposentado. O Atlas, designado para efetuar tarefas manuais, vai contar com uma versão melhorada e totalmente elétrica. Apresentado pela empresa na última quarta-feira (17), o novo design será mais corpulento e com uma gama maior quanto ao movimento.
Conforme demonstrado em vídeo, ações como levantamento dos membros inferiores, deitar de bruços e girar a cabeça até 180º são alguns dos feitos deste novo Atlas. Características como cabos expostos, pernas arqueadas e estrutura pesada foram substituídos por um visual mais limpo.
CEO cita o design como um dos pontos fortes do projeto
Segundo Robert Playter, CEO da Boston Dynamics, houve uma preocupação por parte de todos os membros da equipe em relação ao design de Atlas, principalmente quanto à recepção por parte dos humanos. A cabeça do robô teve um grau significativo de especulação.
“Foi um dos elementos de design com o qual nos preocupamos bastante. Todo mundo tinha uma espécie de forma humanoide. Eu queria que fosse diferente, que fosse amigável e aberto”, defende. Composta por uma tela grande em formato arredondada, também emite uma paleta para exibição. Interpretada por sensores, serve para dar um tom amistoso à máquina.
Apesar de ter similaridade, de certa forma, com o corpo humano, as mãos têm apenas quatro dedos. Playter defende que foi projetado desta forma para tentar controlar a complexidade das tarefas exercidas por Atlas, mas que mesmo assim pode cumprir todas as exigências requisitadas pelo usuário.
Primeiras unidades do robô serão destinadas para montadora de carro
A coreana Hyundai será a primeira marca a fazer uso do robô elétrico Atlas, de acordo com comunicado da Boston Dynamics. O projeto da montadora pretende fomentar novas formas de produzir carros. Para a empresa responsável pelo robô, significa colocar à prova todas as habilidades que podem ser exercidas pelo modelo.
O executivo promete que o Atlas será capaz de realizar tarefas impossíveis para humanos devido ao mecanismo elétrico e por sua agilidade, fruto de atuadores personalizados e flexíveis na maioria das juntas.