Está em apuração, nesta terça-feira (23), uma invasão e concretização do desvio de pelo menos R$3,5 milhões de reais sob suspeita de fraude ao Sistema Integrado de Administração Financeira, popularmente conhecido como Siafi.
Em andamento
As investigações envolvem diversos órgãos, como a Polícia Federal, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e o Tribunal de Contas, que apuram a fraude. Incluindo o Branco Central, que foi enredado após suspeita do envio de parte do valor para terras internacionais, valor este ainda sem conclusão final de prejuízo, uma vez que ainda não foi concluída a contabilização do desvio total.
Conforme informações transmitidas pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) a outras áreas do poder público com autoridade para realizar e autorizar pagamentos, pelo menos três senhas foram usadas para tentar infligir operações com ligação a mais de 200 credores da União.
Pelo que se sabe, no mínimo 17 senhas foram corrompidas, entretanto, não há confirmação de quantas dessas corrupções obtiveram triunfos.
Função e fraude
O Sistema Integrado de Administração Financeira, controlado pelo STN, tem a função de gerir os pagamentos do governo federal, assumindo o papel da base de dados dos orçamentos financeiros e contábeis para órgãos da Administração Pública Direta, assim como fundações e empresas públicas federais.
A fraude, ocorrida durante a Páscoa, foi identificada e com isso o STN passou a exigir diferentes licenças para emitir autorizações de pagamentos bancários, tirando de linha a modalidade usada pelos fraudadores.
A fraude consistia no acesso às ordens bancárias de diversas entidades e na alteração dos dados de beneficiários das emissões, assim desviando uma sucessão de operações em dinheiro público por um mecanismo de débito automático semelhante ao Pix, o OBpix, que foi descredenciado assim que a fraude foi notada.
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Fernando Haddad, Ministro da Fazenda, vinculado ao STN, que é operacionalizado pelo Ministério da Fazenda
Fernando Haddad, Ministro da Fazenda, informou que já foi notificado sobre a invasão ao Siafi e afirmou que a investigação ainda está em andamento. Um responsável já foi identificado, entretanto, por correr em segredo judicial, Haddad não possui ciência de nomes.
Conforme apurações do G1, uma reunião já aconteceu no dia 12 de abril para comunicar aos órgãos ordenadores de despesas que o Siafi havia sido invadido e violado.