O Instituo Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta para uma quarta onda de calor no ano, com temperaturas previstas para ultrapassar os 30ºC durante o fim de semana. A previsão indica que todas as capitais brasileiras devem registrar essa média com o Centro-Sul sendo afetado de forma mais intensa.
Onda de calor e chuva
Devido à quarta onda de calor em 2024, os termômetros do interior de São Paulo, o interior de Minas Gerais e todo o Centro-Oeste devem marcar temperaturas acima da média. O Rio de Janeiro pode marcar 39º C nos próximos dias e Cuiabá pode registrar máximas de até 37ºC.
Conforme o Climatempo, essa onda de calor está sendo causada pela presença de uma área de alta pressão, que funciona como uma barreira atmosférica, conhecida como bloqueio atmosférico. O fenômeno citado impede a entrada de frentes frias na região do Centro- Oeste, o que gera um clima quente e seco e o aumento na temperatura.
Porém, devido a bloqueio atmosférico, o Sul do Brasil acaba sendo afetado por causa da concentração de frentes frias na região, que não conseguem ir para o interior do país. Chuvas fortes já são esperadas nos próximos dias nos estados sulistas, com previsão de chuva fortes no fim de semana.
No sábado, para o Rio Grande do Sul, a previsão é de nebulosidade durante o dia, rara aparição de sol e chuvas contínuas. Já em Santa Catarina e Paraná, o tempo fica firme, com um calor que ocorre sempre antes de uma frente fria.
No domingo, a alta pressão faz com que o tempo instável permaneça no Rio Grande do Sul em conjunto com a baixa pressão vinda do Paraguai. Em Santa Catarina e leste do Paraná, há a possibilidade de chuva na parte da tarde, mas haverá a presença do sol ao longo do dia.
Chuvas para o fim de abril
Para o fim do mês, a quantidade de chuvas já ultrapassa a média esperada para abril em mais de 10 capitais brasileiras, com destaque para Salvador. O estado já acumula quase 800 milímetros e tem previsão de chuva para o fim de semana.
A maior parte das regiões que ultrapassaram a média de chuvas está concentrada nas regiões Norte e Nordeste. Segundo a especialista em meteorologia Maria Clara Sassaki, esses fatos são consequências do aquecimento das águas do Oceano Atlântico e da atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), caracterizada pelo encontro de ventos na região do Equador.