No último sábado (27), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, emitiu um alerta sério: a Rússia havia atacado instalações energéticas cruciais para o fornecimento de gás à União Europeia. Mais de 34 mísseis foram lançados contra estas instalações, conforme relatado pelo presidente ucraniano.
O ataque teve como alvo pontos importantes para a transmissão de gás natural para países europeus, elevando preocupações sobre a segurança energética da região.
A Ucrânia é uma rota vital para o fornecimento de gás russo à UE, operando sob um acordo de trânsito com a Gazprom que está prestes a expirar em dezembro. O governo ucraniano já declarou que não tem planos de renovar esse acordo, o que significa que o fornecimento de gás para a UE poderia ser afetado se as tensões continuarem escalando.
Apelo por interferência internacional
Zelensky, que tem buscado apoio internacional para reforçar as defesas de seu país, destacou a urgência em receber sistemas de defesa, particularmente os sistemas de mísseis Patriot. Ele afirmou que a Ucrânia precisa de pelo menos sete desses sistemas para se proteger efetivamente contra futuros ataques.
Durante o ataque, as forças ucranianas conseguiram derrubar alguns dos mísseis russos, mas a extensão dos danos às instalações energéticas permanece desconhecida. Autoridades ucranianas relataram que 21 dos 34 mísseis foram interceptados, mas não forneceram detalhes sobre o tipo de mísseis envolvidos.
Reportes locais
O governador da região de Lviv, Maksym Kozytskyi, confirmou que o ataque atingiu duas infraestruturas críticas de energia em Stryi e Chervonohrad, causando danos significativos.
Kozytskyi também informou que os incêndios foram rapidamente controlados pelos serviços de emergência e que o abastecimento de gás para consumidores ucranianos e clientes externos não foi interrompido.
Enquanto a Ucrânia enfrenta esses ataques, o Ministério da Defesa russo alegou que lançou 35 ataques entre 20 e 27 de abril contra a infraestrutura energética e militar-industrial ucraniana. Segundo a Rússia, esses ataques foram uma resposta às tentativas do governo ucraniano de danificar instalações energéticas e industriais russas.