No mês de maio, a Argentina registrou uma queda da inflação desde janeiro de 2022, seguindo com a baixa durante cinco meses consecutivos diante da presidência de Javier Milei.
O repasse de preços ao consumidor ficou 5% abaixo das estimativas de economistas. Durante 12 meses, a inflação chegou a 276,4% , acumulando 71,9% até o quinto mês, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec).
O ministro da economia, Luis Caputo, comentou os dados divulgados:
“A dinâmica dos preços voltou a ficar abaixo do esperado pelo consenso dos analistas participantes do Relevamento de Expectativas de Mercado (REM) do BCRA (Banco Central da República Argentina)”, acrescentou o ministro citando as consultorias econômicas do país.
Dados do mês de maio
Segundo o INDEC, a inflação dos 13 setores analisados resultou em desaceleração considerável. As categorias de Comunicação e Educação lideram a maior taxa com (8,2%) e (7,6%), respectivamente. A seguir as categorias de Tabaco e Bebidas Alcoólicas com (6,7%) e o menor registro para a saúde com (0,7%).
As categorias de habitação, saneamento e eletricidade subiram cerca de 2,5% e o setor de alimentos e bebidas aumentou em todas as regiões cerca de 4,8%
Consumidores inseguros
Apesar de registrar uma baixa na inflação e mantê-la durante todo o primeiro semestre de 2024, os consumidores ainda não conseguem ver a diferença no dia-a-dia. Para a população, os custos ainda não cobrem o valor de salários recebidos, além de considerarem os impostos altos e o acesso a saúde muito caro.
Em entrevista à Reuters, Silvia Castro que é aposentada de 65 anos comentou: “Os impostos estão muito caros, os serviços e a gasolina estão caros, o seguro está caro, o serviço social (serviço de saúde) que deveria estar caindo está igual ou aumentou.”
Milei impôs medidas mais rigorosas para controlar os gastos e reduzir a impressão de notas por meio do banco central, mas ainda precisa de equilíbrio para não perder os eleitores em um momento onde a economia corre risco.