Justiça condena aluna da USP a cinco anos de reclusão por estelionato

Lourdes Carvalho Por Lourdes Carvalho
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Alícia Duddy Miller, a estelionatária da USP (Reprodução/facebook/@hugogloss)

O juiz Paulo Eduardo Balbone Costa, da 7ª Vara Criminal de SP, condenou por estelionato a estudante Alícia Dudy Miller por desviar quase R$ 1 milhão, dinheiro arrecadado pelos alunos de uma turma de medicina da USP para fazer a festa de formatura. A pena foi fixada em cinco anos de reclusão, em regime semiaberto, e indenização pelo prejuízo causado às vítimas.

O caso veio à tona em janeiro de 2023, quando a própria Alícia divulgou, por meio de mensagens de Whatsapp, que tinha perdido todo o dinheiro em uma suposta aplicação. A polícia começou a investigar o ocorrido, após o registro da ocorrência, e pediu a prisão preventiva da suspeita, mas foi negada pela justiça.


Golpista da USP vai a julgamento (Reprodução/instagram/@investigaçãocriminal.ofc)

A princípio, foi indiciada por apropriação indébita

A ré havia sido indiciada por apropriação indébita, mas o Ministério Público entendeu que o caso se tratava de crime de estelionato. Portanto, ela conseguiu responder pelo delito em liberdade.

O magistrado do julgamento afirmou que Alícia teria se apossado de um bem comum para obter lucro para si, com a aplicação especulativa daquele capital.

“Traiu a confiança de seus pares, desviando recursos que pertenciam aos colegas de turma (o que revela maior opróbio do que a prática de estelionato contra vítima a quem não se conhece), quando as vítimas não atuavam movidas pela própria cupidez.”

Juiz Paulo Eduardo Balbone Costa

A defesa vai recorrer

O advogado Sergio Ricardo Stocco Giolo, responsável pela defesa da estudante, comentou que ficou sabendo há pouco tempo da sentença e vai recorrer da decisão. À época dos fatos, ele afirmou que desconhecia a veracidade das alegações do Ministério Público.

Alícia chegou a ser alvo de outro inquérito em julho de 2022. Ela teria sido suspeita de lavagem de dinheiro e estelionato após ter dado um suposto golpe em uma agência lotérica, onde costumava fazer jogos.

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