Chefe do MP Venezuelano defende lisura da eleição presidencial

Lourdes Carvalho Por Lourdes Carvalho
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Foto destaque: Tarek William Saab, chefe do MP venezuelano (Reprodução/Yuri Cortez/AFP/Getty Images embed)

Nesta segunda-feira (29), o chefe do Ministério Público da Venezuela, Tarek William Saab, defendeu a eleição que declarou Nicolás Maduro como presidente para seu terceiro mandato. Saab também anunciou investigação contra líder da oposição.

De acordo com Tarek, María Corina Machado está sendo investigada pela tentativa de fraudar o sistema eleitoral e adulterar as atas da eleição. Essas atas são um tipo de boletins de urna.

Resultado da eleição

Maduro teria tido 51,2% dos votos e Edmundo González, o segundo candidato mais votado, teria tido 44%. Esse resultado foi dado pelo Conselho Nacional Eleitoral, liderado por um aliado do presidente venezuelano.

O chefe do MP disse que houve um ataque hacker vindo da Macedônia do Norte, tentando atingir o sistema responsável pelas eleições venezuelanas. Embora mal-sucedido, esse evento atrasou o processo e a divulgação dos resultados.  Os hackers tentaram adulterar as atas.

Ainda de acordo com Saab, o principal envolvido nesse ataque seria Lester Toledo, fugitivo da justiça venezuelana, que está morando no exterior. Além de Toledo, Leopoldo López e María Corina Machado, também fugitivos da justiça, estão envolvidos.

Entidades observaram as eleições

A Organização das Nações Unidas e o Carter Center dos EUA observaram as eleições na Venezuela. No entanto, são duas entidades que não possuem grande influência política e são muito limitadas para analisar as informações.


Campanha eleitoral da eleição presidencial venezuelana com Edmundo González (Foto: reprodução/Gabriela Oraa/AFP/Getty Images embed)

A oposição e líderes de outros países estão contestando o resultado da eleição. Representantes de 14 países não reconhecem a vitória de Maduro e dizem que a apuração das urnas não foi transparente.

Outros países, no entanto, deram parabéns a Maduro. Nicarágua, Cuba, Rússia, China, Honduras e Bolívia são algumas dessas lideranças.

Segundo nota do Itamaraty, o Brasil só se manifestará após o resultado oficial das eleições venezuelanas.

Nicolás Maduro está no poder desde 2013 e foi reeleito para mais 6 anos de mandato.

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