Copom mantém taxa selic em 10,50% ao ano e reforça cautela diante de pressões inflacionárias

Carlos Enriki Por Carlos Enriki
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Foto destaque: Banco Central (Reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC) resolveu, nesta quarta-feira (31/07), manter a taxa básica de juros da economia estável em 10,50% ao ano. A decisão ocorre em um contexto de alta do dólar e pressões inflacionárias. A reunião da diretoria colegiada do órgão conclui que o cenário doméstico e internacional, exige uma abordagem cautelosa.

Taxa Selic em menor valor

A Taxa Selic permanece no menor nível desde fevereiro de 2022. A decisão da Copom foi unanime, repetindo a unidade da última reunião. Em comunicado oficial, o Copom justificou a manutenção da taxa de juros, destacando a incerteza do cenário global e resiliência da atividade econômica interna. Houve também uma elevação das projeções de inflação e as expectativas desancoradas que demandam acompanhamento diligente e maior cautela.


Projeções de analistas de mercado compiladas pelo BC no Boletim Focus basearam decisão do Copom (Foto: Reprodução/Banco Central)

O Comite destacou que a política monetária precisa permanecer restritiva por um período suficiente para consolidar não apenas o processo de redução da inflação, mas também a estabilização das expectativas em torno da meta. O objetivo estabelecido é manter a inflação em 3% ao ano, com uma variação de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Comite se manterá vigilante

Em comunicado, o Comite destacou também que irá continuar atento e informa que possíveis ajustes futuros na taxa de juros, poderão ser guiados pelo sólido compromisso de trazer a inflação para a meta. O Canco Central enfatizou que o processo de redução da inflação tende a ser mais gradual, devido à ampliação da desancoragem das expectativas inflacionárias e ao cenário global desafiador.

Esta decisão do Copom reflete a prudência necessária para enfrentar as pressões inflacionárias atuais e a volatidade externar, mantendo um compromisso firme com a estabilidade econômica a longo prazo.

Adicionalmente, o Copom destacou a importância de monitorar atentamente os desdobramentos fiscais e as políticas econômicas que possam impactar a trajetória da inflação. O comunicado ressaltou que a disciplina fiscal e reformas estruturais são cruciais para estabilizar a economia e fortalecer a confiança dos investidores.

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