Nesta segunda-feira (05), Rebeca Andrade se consagrou como recordista de medalhas do Brasil na história das Olimpíadas. Mas o que repercutiu nas redes foi o fato da ginasta ter que usar os óculos para ler suas notas, e conseguir fazer uma performance campeã em um aparelho com cinco metros de comprimento e dez centímetros de largura, sem lentes.
Entenda a comorbidade visual de Rebeca
Rebeca, com 25 anos, tem um elevado grau de miopia em um dos olhos, cerca de 2,5°, e astigmatismo no outro olho, mais de 2°. De acordo com especialistas, as comorbidades causam problemas na visão, principalmente à distância.
A miopia atrapalha a visão de objetos distantes de forma nítida. Por isso, Rebeca não enxergou suas notas sem o auxílio dos óculos. O uso de óculos ou lente de contato corrige a condição. O astigmatismo provoca uma visão borrada. A pessoa portadora pode confundir linhas paralelas, o que pode gerar sombras nos objetos, perdendo a nitidez. Além disso, o astigmatismo pode provocar fotofobia, dificuldade em enxergar com muita luminosidade.
Rebeca não enxerga a trave, sente
A ginasta de ouro, no entanto, já declarou que prefere não usar lentes de contato durante os treinamentos e as competições.
“Não gosto de usar as lentes, porque fico com medo de cair magnésio [o pó usado pelos ginastas] nos olhos e me atrapalhar. Não enxergo [a trave]. Vou no feeling. Dá para errar, mas não seria por não enxergar. Mesma coisa com a trave, não enxergo a ponta, mas já sei, sinto no aparelho, então é tranquilo.”
Rebeca Andrade em performance nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 (Reprodução/Julian Finney/Getty Images embed)
Os principais sintomas da miopia é maior dificuldade em ler palavras à distância, ficar muito próximo às telas, dores de cabeça constantes e irritação nos olhos. Do astigmatismo, é visão embaçada, dores de cabeça e cansaço ocular.