O mundo dos NFTs tem se tornado bem popular atraindo muitos artistas brasileiros. O maestro João Carlos Martins foi mais um que acaba de aderir a nova tecnologia.
O pianista brasileiro orquestrou “País Tropical”, de Jorge Ben Jor e a transformou em tokens não fungíveis.
Um projeto desenvolvido em parceria com a Simple, plataforma de entretenimento especializada em comercializar produtos culturais e esportivos em NFT.
Na realização do projeto foi incluído a distribuição de 375 NFTs (Imagem+certificado digital em blockchain) acompanhados de cópias em vinil da versão original e a releitura da música.
Para João Carlos Martins tecnologias como essa ajudam os artistas na “eternização digital”, de seus repertórios.
Em entrevista a Forbes do Brasil o maestro falou sobre tecnologia, seus projetos atuais e sua reinvenção como artista.
Forbes Brasil – O que fez o senhor se interessar pela nova tecnologia?
João Carlos Martins- A grande obra de meu amigo Jorge Ben Jor, “País Tropical”, foi a primeira música que eu orquestrei. O resultado foi positivo, e a importância ainda que essa música tem na vida dos brasileiros nos motivou a fazer algo inédito com ela, ou seja deixar a obra mais rica ressaltando o que ela representa na vida dos brasileiros, afinal ela marcou uma geração e ficou na história. A Simple inicialmente mandou a ideia e acabei topando, um grande feito para esse velho maestro.
Maestro durante uma orquestra Foto(Reprodução/agênciabrasil).
Forbes Brasil-Quais os benefícios essa tecnologia pode trazer a artistas, no trabalho, na sua carreira, por exemplo, o que melhorou através dela?
João Carlos Martins- No meu caso a tecnologia ajudou a solidificar minha marca, criar algo novo que provavelmente ficará marcado para sempre, é uma propriedade autêntica, para os fãs da minha arte.
Provavelmente não haverá outra gravação de “País Tropical”, orquestrada por mim e que se limitará à compradores de NFT e a 375 cópias de vinil físico que acompanham duas das edições. O meu objetivo com a tecnologia é criar algo especial e inédito para meus fãs, esse foi o maior benefício que ela me proporcionou.
Forbes Brasil-Qual a importância da inovação para música?
João Carlos- Tudo vai de encontro ao público, pois ele gosta de inovações, novos formatos e isso acontece em todas as áreas do entretenimento.
A tecnologia gira muito rápido e as característica dos fãs mudam com passar do tempo. Nós como artistas temos um desafio pela frente de se adequar aos novos tempos.
Eu comecei com os discos de vinil e participei da primeira gravação digital nos EUA. Tempos depois vieram os CDs, downloads, plataformas de streaming e agora os NFTs.
O diferencial é sempre se adaptar as diferentes ferramentas existentes, produzir conteúdo de qualidade pensando sempre no fã em primeiro lugar.
Foto destaque: Maestro divulgando seu trabalho (Foto: Reprodução/Google).