Estudo revela a quantidade de recursos naturais usados pelo ChatGPT

Um levantamento divulgado na última quarta-feira (18), pelo Washington Post, mostrou o quanto de água e energia elétrica um chatbot como o ChatGPT, baseado no modelo GPT-4, gasta para gerar um simples e-mail com 100 palavras. O impacto ambiental dos chatbots vai além do uso de eletricidade, com quantidades consideráveis de água sendo utilizadas para […]

25 set, 2024
Foto destaque: ChatGPT consome até 519 ml de água e 0,14 kWh de eletricidade para gerar um simples e-mail de 100 palavras. (Reprodução/Frimufilms/Freepik)
Foto destaque: ChatGPT consome até 519 ml de água e 0,14 kWh de eletricidade para gerar um simples e-mail de 100 palavras. (Reprodução/Frimufilms/Freepik)
O resfriamento dos servidores que processam respostas de IA requer grandes volumes de água.

Um levantamento divulgado na última quarta-feira (18), pelo Washington Post, mostrou o quanto de água e energia elétrica um chatbot como o ChatGPT, baseado no modelo GPT-4, gasta para gerar um simples e-mail com 100 palavras. O impacto ambiental dos chatbots vai além do uso de eletricidade, com quantidades consideráveis de água sendo utilizadas para manter os servidores resfriados.


Estudo revela a quantidade de recursos naturais usados pelo ChatGPT
ChatGPT consome cerca de 519 ml de água para gerar um simples e-mail (Foto: reprodução/Haans/Pixabay)

Chatbots de inteligência artificial, como o ChatGPT, consomem grandes quantidades de água e eletricidade para processar comandos simples, como a geração de um e-mail de 100 palavras. Um estudo revelou que o consumo de água para cada resposta pode chegar a 519 ml, enquanto a eletricidade utilizada equivale a manter 14 lâmpadas de LED acesas por uma hora. O impacto ambiental é ainda mais significativo quando esse uso se acumula ao longo do tempo.

Quantidade de água utilizada por um Chatbot

Segundo a pesquisa feita pelo Washington Post, em parceria com pesquisadores da Universidade da Califórnia, para gerar um e-mail simples de até 100 palavras, um chatbot como o ChatGPT consome um volume expressivo de água, essencial para o resfriamento dos servidores que processam as informações nos data centers. Esses centros de processamento utilizam sistemas de resfriamento com água para impedir o superaquecimento dos servidores que executam milhões de cálculos por segundo. A cada comando dado ao ChatGPT, como responder a uma pergunta ou gerar texto, os servidores aumentam sua temperatura, e o uso de água torna-se indispensável.

Ao longo de um ano, se o ChatGPT for usado para gerar um e-mail desse tipo uma vez por semana, o consumo de água chega a impressionantes 27 litros. Essa quantidade pode parecer pequena individualmente, mas se multiplicada pelos milhões de comandos que os chatbots processam diariamente, o impacto se torna enorme.

O consumo de eletricidade e sua comparação


Estudo revela a quantidade de recursos naturais usados pelo ChatGPT
A eletricidade usada para criar um e-mail no ChatGPT é suficiente para acender 14 lâmpadas de LED (Foto: reprodução/RonLach/Pexels

Além do uso de água, o ChatGPT também consome uma quantidade significativa de energia elétrica. Para gerar o mesmo e-mail de 100 palavras, o chatbot gasta 0,14 kWh, o que seria suficiente para manter 14 lâmpadas de LED acesas por uma hora. Em um ano, esse uso semanal representaria 7,5 kWh, o equivalente ao consumo de nove casas em uma hora.

Embora esses números possam parecer abstratos, eles evidenciam a carga que esses sistemas colocam sobre a infraestrutura elétrica global, especialmente com o aumento no uso de IA em vários setores.

A importância do resfriamento nos data centers

O grande consumo de água e eletricidade nos chatbots não vem da própria geração de respostas, mas do ambiente onde eles operam: os data centers. Essas salas de computadores precisam de condições controladas para que o calor gerado pelas máquinas não comprometa seu funcionamento. Muitos desses centros recorrem a sistemas de resfriamento por água, explicando a quantidade significativa de recursos hídricos utilizada.

A pesquisa feita pela Universidade da Califórnia indica que, embora os números variem conforme a localização do data center e o modelo utilizado, os impactos ambientais são sempre elevados.

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