No último sábado (28), a China revelou seu novo traje espacial, projetado para suportar as duras condições da superfície lunar. A novidade faz parte dos preparativos para a missão tripulada à Lua, prevista para ocorrer até 2030, consolidando a posição do país como um dos grandes players da exploração espacial.
A China deu um passo importante em sua corrida espacial ao apresentar o traje que seus astronautas usarão para explorar a Lua. Equipado com tecnologias de última geração, como câmeras de curto e longo alcance e visor à prova de brilho, o traje foi projetado para lidar com as temperaturas extremas, poeira e radiação lunar. A revelação do traje marca um avanço no programa espacial chinês, que visa estabelecer uma estação de pesquisa lunar até 2040.
Traje chinês para 2030
O anúncio feito pela Agência Espacial Tripulada da China (CMSA) no último fim de semana, atraindo atenção global: um traje vermelho e branco foi projetado para enfrentar temperaturas extremas, radiação e a poeira da Lua, sendo apenas algumas das adversidades que os astronautas enfrentarão durante a missão. As temperaturas lunares variam drasticamente, de 121°C durante o dia a -133°C à noite, conforme dados da Nasa.
O traje vem equipado com câmeras de curto e longo alcance, um console de operações e um visor de capacete à prova de brilho, proporcionando aos astronautas maior segurança e flexibilidade.
Tecnologia e estética
Além de sua funcionalidade, o traje chinês também impressiona pelo design. Segundo a mídia estatal chinesa, as listras vermelhas nos braços foram inspiradas nas divindades voadoras da arte antiga de Dunhuang, enquanto as listras nas pernas lembram as chamas dos foguetes. De acordo com Wang Chunhui, um dos designers, as proporções foram ajustadas para os astronautas parecerem “fortes e majestosos” ao pisarem na Lua.
O traje foi testado por renomados astronautas chineses, como Zhai Zhigang e Wang Yaping, que demonstraram sua capacidade de subir escadas e realizar movimentos complexos enquanto usavam o traje.
Futuro da exploração e competição com os Estados Unidos
A missão lunar faz parte de um plano mais amplo, que inclui a construção de uma estação de pesquisa internacional no polo sul lunar até 2040. A nave espacial que levará os astronautas foi batizada de Mengzhou, ou “Navio dos Sonhos”, enquanto o módulo de pouso recebeu o nome de Lanyue, ou “Abraçando a Lua”.
Nos últimos anos, a China já realizou missões lunares robóticas de sucesso e se consolidou como uma potência no setor espacial. Além dos avanços científicos, o espaço se tornou uma área de competição estratégica para nações como os EUA, que também planejam enviar astronautas à Lua em breve, embora seu cronograma tenha sido adiado para 2026 com a missão Artemis III.
O programa espacial chinês foi destacada por figuras internacionais, como Elon Musk, que comparou o progresso chinês com os desafios enfrentados nos EUA devido a questões burocráticas. Enquanto isso, a China segue avançando com ambições claras para os próximos anos.