Rússia declara que está pronta para defender territórios com armas nucleares

Sara Corrêa Por Sara Corrêa
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A Rússia está pronta para defender os territórios conquistados na Ucrânia com “armas nucleares estratégicas”, declarou nesta quinta-feira (22), o ex-presidente e atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dimitri Medvedv.

Medvedev subiu o tom de ameaças nucleares feitas ontem pelo presidente russo, Vladimir Putin, em um pronunciamento à nação pela TV. Também reafirmou a realização dos referendos sobre a separação das regiões ucranianas de Luhansk, Donetsk, Kherson e Zaporizhzhia, invadidas pela Rússia. “Não há volta atrás”, declarou. “O establishment do Ocidente e todos os cidadãos dos países da Otan precisam entender que a Rússia escolheu seu próprio caminho.”

A ameaça de Medvedev chega um dia após a escalada da Rússia na guerra da Ucrânia.

Na quarta-feira (21), Vladimir Putin, anunciou que fez a convocação de cerca de 300 mil reservistas – a primeira mobilização de reservistas da Rússia desde a Segunda Guerra Mundial -, aumentou o contrato dos militares já no campo de batalha e afirmou que seu país está pronto para responder a “ameaças nucleares” que ele afirmou receber do Ocidente.

“Nosso país possui uma variedade de armas de destruição, algumas mais modernas até que as dos países da Otan. Isto não é um blefe”, declarou Putin durante o pronunciamento à nação.


Tropas russas na Ucrânia. Foto: (Reprodução/CNN Brasil)


Indo na contramão das ameaças, Rússia e Ucrânia fizeram uma troca de prisioneiros na quarta-feira (21), envolvendo quase 300 pessoas, incluindo dez estrangeiros e os comandantes que lideram a longa campanha de defesa ucraniana na cidade de Mariupol no início deste ano.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que a troca, que contou com a ajuda da Turquia e da Arábia Saudita, estava sendo preparada há muito tempo e envolveu intensa negociação. Segundo os termos do acordo, 215 ucranianos foram libertados, e em troca, a Ucrânia enviou de volta 55 russos e ucranianos pró-Moscou, e Viktor Medvedchuk, líder de um partido pró-Rússia que havia sido banido e enfrentava acusações de traição.

Foto destaque. Dimitri Medvedev e Vladimir Putin em reunião governamental em 15 de janeiro de 2020. Foto: Reprodução/G1.

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