Banco corta minério de ferro mas vê Vale com gordura no dividendo

Bruno Vasques Por Bruno Vasques
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O JPMorgan diminuiu as estimativas de preço do minério em 2022 de 136 dólares para US$ 121 e de US$ 105 para US$ 94 em 2023. Com o minério fechando com valor negociado a US$ 94, o potencial de alta neste ano foi de 38%, porém com uma queda de 4% no próximo ano.

Apesar do aumento dos volumes da Vale (VALE3) e da Rio Tinto, o banco espera uma produção maior de aço na China. Porém, a JPMorgan continua esperançosa com a Vale.

Analistas explicam que apesar da queda de preço do minério de ferro, os dividendos da Vale permanecerão potentes, com rendimentos que podem chegar a 19% em 2022 e 16% em 2023. Atualmente, o programa de recompra está em 10% das ações em circulação. Com isso, os analistas, apesar de verem espaço para dividendos exorbitantes, o programa que deve engordar os proventos.

“Os investidores (ainda em baixa na Vale) mostraram um aumento no interesse pela ação pela primeira vez em muito tempo” – afirmam os analistas.


Mineradora Vale (Foto: Divulgação/Instagram)


Em 2022, começou em disparada a ação, acumula queda de 12,82% devido ao preço do minério de ferro. A JPMorgan, tem o preço-alvo de R$ 95 com a Vale só em recomendação de compra.

Henrique Tavares, analista da DVInvest, diz que é possível a Vale voltar a atingir os R$ 100, mas que não é uma tarefa fácil. Ele diz que além da retomada do minério de ferro, os juros teriam de voltar e a pressão inflacionária diminuir.

Já Régis Chinchila e Luís Novaes, analistas da Terra Investimentos, dizem que apresentar bons resultados é importante para as ações voltarem a bater nos R$ 100.

“Além do cenário favorável, a empresa deve apresentar bons resultados, até porque os dividendos são relevantes para atrair o fluxo comprador para o ativo” – afirmam.

Foto destaque: Mineradora Vale (Foto: Divulgação/Instagram)

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