China tenta ver maneiras para a economia voltar a render em 2023

Bruno Vasques Por Bruno Vasques
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Apesar da Organização Mundial da Saúde (OMS) dar sinais de que a pandemia da Covid-19 está terminando, a China segue firme no combate. As restrições pela política dinâmica da Covid-Zero devem encolher o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. A boa notícia para os chineses é que em 2023 o cenário tende a melhorar.

“A base de comparação baixa do PIB em 2022 deve sustentar o crescimento em 2023” afirma a economista-chefe do Natixis, Alícia Garcia Herrero.

Para ela, se trata de um cenário parecido do que foi 2021, quando teve a recuperação global da economia dos impactos da Covid-19. Só no ano passado, a economia chinesa cresceu 8,1% depois de expandir apenas 2,3% em 2020.


PIB Chinês (Foto: Reprodução/TradingEconomics)


As restrições de mobilidade relacionadas a Covid-19 devem encolher o PIB chinês em 2022, em 2,3 percentuais, isso é o que mostra um cálculo feito por um banco francês. A China tende a ter um futuro mais positivo, caso flexibilize as medidas restritivas da Covid-Zero ainda em 2022.

“Restando apenas um trimestre para o fim de 2022, todos os olhos estão agora na continuidade da política de Covid-Zero na China, e seu impacto na mobilidade, para o próximo ano” – afirma a economista do Natixis.

Outro ponto que pode atingir a economia chinesa, são os problemas com o setor imobiliário. “Os surtos da covid-19 podem ter deixado cicatrizes na economia chinesa, especialmente no sentimento dos investidores” – reforça Alicia.

“A China pode testemunhar um crescimento potencial menor nos anos seguintes a 2023” – completa a economista. O processo de continuidade de reforma e abertura, que se iniciou há 40 anos, é de suma importância para superar o desafio na China pós-pandemia.

Com este cenário, é possível que a economia chinesa demore a engrenar em uma perspectiva de longo prazo, mesmo que a restrição diminua.

Foto destaque: Chineses combatendo a Covid-19, em janeiro de 2022. (Foto: Reprodução/Chinatopix)

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