A Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro confirmou sobre a internação de um dos transplantados que recebeu órgãos infectados com HIV. Segundo a pasta, a linha de emergência para pacientes transplantados foi acionada neste domingo. O idoso de 70 anos, que fez transplante de fígado, foi levado ao Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, da Fundação Oswaldo Cruz.
A informação foi divulgada e transmitida pela BandNews FM e confirmada pelo O GLOBO. A Secretaria de Saúde ainda não especificou o estado total do paciente.
Sobre as investigações
Adriana Vargas dos Anjos era coordenadora do laboratório (PCS Lab Saleme) e foi presa deste domingo (20) pela Polícia Civil. Ela é suspeita por estar envolvida na emissão de laudos falsos que levaram a contaminação por HIV de pacientes transplantados.
A técnica foi apontada por outros funcionários do local como responsável por determinar a violação do protocolo de triagem de antígenos, que deveria ter sido feito diariamente, mas passou a ser semanal na tentativa de maximizar os lucros do estabelecimento.
Além da prisão de Adriana, a polícia cumpriu mandado de busca e apreensão contra Matheus Sales Teixeira Bandoli Vieira, auxiliar de laboratório e primo do deputado federal e ex-secretário de Saúde do Rio, Luiz Antônio de Souza Teixeira Júnior, conhecido como Doutor Luizinho (Progressistas) Durante o período em que ocorreu a contratação do laboratório para realizar atividades vinculada ao governo do estado, de janeiro a setembro de 2023, Luizinho estava no cargo.
Mais seis pessoas testaram positivo para HIV
Foi anunciado na semana passada que seis pessoas testaram positivo para HIV após receberem órgãos transplantados no estado do Rio. O laboratório PCS Lab Saleme, localizado em Nova Iguaçu, Baixada Fluminense, foi responsável pela testagem dos doadores, apresentando resultados negativos para HIV de dois doadores, ambos na verdade eram soropositivo. Os transplantes realizados incluem de rim, fígado, coração e córnea.
Uma investigação da Secretaria de Saúde do Estado do Rio sobre o assunto começou em setembro deste ano e resultou no fechamento do laboratório. Desde então, o ministério suspendeu os contratos e ordenou uma investigação interna para identificar e punir os responsáveis.