Após colapso na Central Termelétrica Antonio Guiteras, o fornecimento de energia da ilha caribenha foi comprometido desde a sexta-feira (18). Nesta segunda-feira (21) Cuba também sofreu com a passagem do furacão Oscar, milhões de pessoas enfrentam os danos, além da falta de eletricidade.
Retorno gradual
Ainda na segunda-feira (21), a energia havia retornado para pelo menos 36% da população. No mesmo dia, o ministro das Minas e Energia, Vicente de la O Levy, afirmou que a normalização para a maioria da população ocorreria à noite, e que na terça-feira (22) ocorreria a normalização.
O ministro afirmou:
“O último cliente poderá receber o serviço na terça-feira.”
Após o colapso da central elétrica, a ilha ficou sem energia para quase toda a população. O retorno começou no sábado (19), porém o sistema voltou a entrar em colapso. Houve relatos de comida apodrecendo nas geladeiras e outros danos para a população.
Nesta terça-feira (22), mais de 70% da população teve a energia reestabelecida. Desde o domingo (20) grande parte da capital Havana já possuía o fornecimento reestabelecido.
O que aconteceu
O colapso do fornecimento de energia ocorreu porque a ilha possui uma infraestrutura de energia obsoleta e aumento na demanda da população. A normalização está sendo possível com esforços para reestruturar a cobertura. Com a passagem do furacão Oscar, a situação foi agravada e os esforços para a recuperação tiveram que ser redobrados.
Cuba tem enfrentado uma crise econômica sem precedentes. A população vive dificuldades para obter alimentos e medicamentos. O país atualmente está sob um embargo liderado pelos Estados Unidos, o que dificulta a disponibilidade de recursos para a infraestrutura. Apagões menores são constantes em toda a ilha, situação que já foi motivo de protestos por parte da população contra o regime atual.
O presidente do país, Miguel Díaz-Canel, chegou a alertar a população sobre agitações e protestos, indicando que poderiam haver processos e prisões nesses casos.