Debate no G20 ressalta inclusão periférica em soluções climáticas urbanas

Debate incluiu lideranças globais em busca de soluções para o meio ambiente em meio a ambientes urbanos

Rafael Almeida Por Rafael Almeida
Foto destaque: Conferência realizada durante o G20 (Reprodução/Rafael Almeida)

Avanço de Soluções de Justiça Climática em Território Urbano” (em tradução direta do inglês), que promoveu discussões sobre sustentabilidade e justiça climática, a vereadora carioca Tainá de Paula destacou a importância de incluir pessoas da periferia nas decisões sobre mudanças climáticas. Segundo ela, há uma ausência alarmante dessas vozes nos debates sobre soluções que impactam diretamente suas comunidades.

Diversos temas abordados

Entre os temas abordados, estiveram as recomendações de mudanças dos combustíveis fósseis para renováveis, a troca de ideias entre o G20 e o F20 (conferência realizada nas favelas cariocas), que defendem medidas sustentáveis que beneficiem a todos, em vez de a um grupo menor. Sendo que, entre as soluções destacadas, estão as que incluem investimentos principalmente em infraestrutura verde, transição energética e ações voltadas para o combate ao racismo ambiental, uma prática estrutural que expõe populações negras e periféricas a maiores riscos ambientais.

Tainá também mencionou a relevância da COP30, que será realizada no Brasil no próximo ano, como um marco para colocar o país na liderança global no combate às mudanças climáticas. Ela apontou que o Brasil, ao sair do mapa da fome, precisa equilibrar a produção de alimentos com a preservação ambiental. “Precisamos de um balanço entre alimentar nossa população e manter a floresta em pé”, afirmou.


G20
Lideranças falam sobre soluções para clima global (Foto:reprodução/Rafael Almeda)

A prefeita da capital da Macedônia do Norte compartilhou uma experiência inspiradora, envolvendo pessoas das áreas mais pobres em lideranças locais e soluções climáticas. Ela destacou iniciativas para reduzir o desperdício de água, melhorar o saneamento básico em comunidades marginalizadas e criar empregos que gerem impacto direto na qualidade de vida e no sentimento de pertencimento dessas populações.

Sul Global

Outro ponto central foi a discussão sobre o papel do Sul Global em reverter os efeitos de séculos de colonização, que perpetuam desigualdades ambientais. O evento enfatizou a necessidade de promover uma “contracolonialidade”, que devolva o protagonismo às populações historicamente prejudicadas.

A inclusão de soluções locais para problemas globais, como o aumento das temperaturas em favelas, foi destacada como crucial. Representantes discutiram estratégias para negociar coletivamente e construir um futuro em que o desenvolvimento sustentável seja possível para todos. A palestra foi encerrada com um discurso sobre a construção de um futuro mais sustentável.