A imprensa teve acesso, nesta quinta-feira (28), ao retrato falado de um dos suspeitos de assassinar o delator do PCC Vinícius Gritzbach. O departamento de homicídios de São Paulo ainda investiga o crime ocorrido no aeroporto internacional da cidade.
Gritzbach foi morto no dia 8 de novembro, em Guarulhos, após voltar de uma viagem. A polícia tenta identificar quem é o homem desenhado.
A divulgação do retrato falado foi feita com exclusividade pelo Jornal Nacional, da Globo. Segundo o veículo, as informações que a polícia utilizou como base para o desenho foram de um homem adulto entre 30 e 40 anos, moreno, de olhos amendoados, nariz largo e lábios grossos.
Todas essas características foram obtidas a partir de imagens das câmeras de segurança do aeroporto, em que o suspeito aparece com um boné branco e camiseta azul clara.
Dois suspeitos identificados
Além do retrato falado, o departamento policial identificou dois suspeitos de participação no crime. Kauê do Amaral Coelho seria o responsável por monitorar a chegada do delator do PCC no aeroporto e fornecer informações para os assassinos. Já Matheus Augusto de Castro Mota seria o responsável por fornecer os carros utilizados no crime.
A polícia apura a possibilidade de que o olheiro estivesse no avião de Gritzbach.
Os dois ainda não foram capturados e a polícia oferece recompensa de 50 mil reais a quem tiver informações sobre os suspeitos.
Delator do PCC Vinícius Gritzbach
O empresário estava jurado de morte pela maior facção criminosa do Brasil, o Primeiro Comando da Capital, por servir como delator de crimes cometidos pela organização.
Seus depoimentos foram feitos para o Ministério Público de São Paulo e diziam respeito a uma lista de imóveis luxuosos comprados por narcotraficantes do PCC no litoral de São Paulo.
Além disso, Vinícius Gritzbach também contou ao ministério público um esquema de agenciamento de jogadores de futebol do Corinthians, feito por integrantes do PCC.
O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) investiga se a contratação de jogadores, como Du Queiroz e Igor Formiga, eram legais ou bancadas com dinheiro proveniente do tráfico de drogas.