A Meta, empresa liderada por Mark Zuckerberg, concordou em pagar US$ 25 milhões (cerca de R$ 146,5 milhões) ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como parte de um acordo para encerrar os processos movidos pelo republicano.
O embate judicial iniciou-se após a companhia suspender as contas do então mandatário em 2021. A informação foi divulgada por veículos da imprensa americana nesta quarta-feira (29).
A proibição e o retorno
Trump foi banido do Facebook e Instagram no dia 7 de janeiro de 2021, um dia após a invasão ao Capitólio por seus apoiadores. A Meta justificou a ação afirmando que o então presidente teria incitado a violência com suas postagens.
A suspensão, inicialmente temporária, acabou se estendendo por dois anos. Apenas em 2023 a companhia anunciou a reativação dos perfis, permitindo o retorno do ex-presidente às redes.
O acordo financeiro agora coloca um ponto final nas disputas legais entre Trump e a big tech.
Reaproximação estratégica
O Wall Street Journal foi o primeiro a divulgar o acordo, posteriormente confirmado por um porta-voz da Meta à agência AFP.
O caso marca um momento de reaproximação entre Trump e os gigantes da tecnologia. Desde que reassumiu a presidência, em 20 de janeiro de 2025, o republicano tem buscado alianças estratégicas no setor.
A aproximação entre Trump e os magnatas do Vale do Silício se tornou evidente durante sua posse, que contou com a presença de nomes como Elon Musk e o próprio Zuckerberg.
Mudanças na Meta sob nova gestão política
Nas últimas semanas, o CEO da Meta tem tomado decisões que indicam um alinhamento com o novo governo.
Entre as principais medidas estão o relaxamento de políticas contra desinformação, a descontinuação de programas voltados para diversidade e a nomeação de aliados do presidente para cargos estratégicos dentro da empresa.
A mudança de postura de Zuckerberg e a recente indenização sugerem que a Meta está reposicionando sua estratégia para navegar no novo cenário político dos EUA.
A indústria da tecnologia, que antes era vista como antagonista da administração Trump, agora parece estar construindo novas pontes de diálogo e colaboração.