A Food and Drug Administration (FDA), ou Administração de Alimentos e Medicamentos, órgão responsável pela saúde dos Estados Unidos, aprovou, nesta terça-feira (28), um novo uso para o Ozempic. Agora, o remédio também pode ser indicado para reduzir complicações renais graves, o que pode ser um alívio para milhões de pessoas que sofrem com essas doenças.
Menos riscos para os pacientes
Diabete tipo 2 é uma das maiores causas de problemas nos rins, e muitas pessoas acabam precisando de diálise ou até transplante.
Estudos mostram que quem usa Ozempic tem 24% menos risco de desenvolver complicações graves, além de um declínio mais lento da função dos rins, também podendo reduzir o risco de morte por doenças do coração.
Stephen Gough, da Novo Nordisk, empresa que fabrica o Ozempic, comenta que essa aprovação é uma grande conquista:
“Pesquisadores tentam há anos encontrar novas opções de tratamento, mas os avanços foram poucos. Agora, temos algo realmente promissor para ajudar essas pessoas.”
Como o Ozempic pode ajudar
O remédio já era conhecido por controlar a diabete e reduzir problemas cardíacos. Agora, médicos acreditam que ele também pode auxiliar os rins, possivelmente por reduzir inflamações no corpo.
A médica Melanie Hoenig, especialista em rins, comemorou a novidade:
“Quanto mais tempo conseguimos manter os rins funcionando bem, melhor para os pacientes.”
Pessoas com problemas renais costumam tomar vários remédios para pressão alta, colesterol e controle do açúcar no sangue. Além disso, médicos sempre recomendam mudanças na alimentação e na rotina para evitar complicações.
Remédio em falta
Com a novidade, mais gente pode querer usar o Ozempic, mas há um problema: a Novo Nordisk está com dificuldades para fabricar o remédio na quantidade necessária. Nos Estados Unidos, a FDA já colocou o medicamento na lista dos que estão em falta.
A doutora Hoenig alerta:
“Infelizmente, nem todo mundo consegue encontrar o remédio. Mas para quem consegue e se adapta bem a ele, essa é uma ótima opção.”
Agora que o Ozempic foi aprovado para tratar problemas renais, os médicos poderão prescrevê-lo com mais segurança, e as seguradoras podem ser pressionadas a cobrir os custos do tratamento. Isso pode ser um avanço para quem precisa de mais opções para cuidar da saúde.