Os Bancos centrais que lançaram no ano de 2020 um plano de apoio emergencial por conta da pandemia, agora estão se organizando para fazerem um redirecionamento mundial após divergências que já estão surgindo em relação a percepção de um risco de inflação e também na necessidade de uma resposta a ele, além do provável ritmo de retorno à volta normal da política monetária.
Os Bancos estão sendo confrontados devido ao choque de oferta e riscos em comum devido a pandemia, que continua afetando o setor de comércio.
Os chefes dos quatro maiores bancos centrais do mundo se reuniram na sede do Banco Central Europeu para decidirem sobre a política monetária. (Foto: Reprodução/épocanegócios.globo.com)
Em entrevista à Reuters, o presidente do Federal Reserve de St. Louis, James Bullard disse:
“Globalmente, ainda teremos um longo processo”
James disse esta frase no contexto de reabertura e adaptação da economia no pós-pandemia.
Tanto a reabertura, quanto particularmente a inflação ligada à ela, estão sendo sentidas de forma diferenciada onde as economias são desenvolvidas, fazendo com que autoridades econômicas tenham sua compreensão e capacidade testadas para a pós-pandemia, além do desafio de atingir uma meta de inflação compartilhada na casa dos 2% sem prejudicar o crescimento mundial.
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Na data de ontem (29), os chefes dos quatro maiores bancos centrais do mundo se reuniram para um fórum quase que virtual do Banco Central Europeu (BCE). Entre as discussões, foi falado sobre as estratégias de saída das medidas emergenciais. Neste ponto em específico tem ocorrido divergências na decisão, diferente do ano passado que foi marcado por uma convergência para se evitar o pior.
Essa divergência entre os principais bancos centrais pode acabar influenciando os mercados ao redor do mundo, causando uma série de mudanças como nos fluxos de capital, nas taxas de câmbio e também nos padrões de negociação, correndo o risco de bancos como o dos Estados Unidos, o FED (Federal Reserve), por exemplo, serem limitados quanto ao poder de decisão em relação a normalização da política monetária ou no aumento das taxas de juros, se parceiros como o Banco Central Europeu, por exemplo, não estiverem alinhados.
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