Cientistas explicam que humanidade pode sobreviver a novo ataque de asteroide

Bruno Vasques Por Bruno Vasques
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Há 66 milhões de anos atrás, um “assassino de planetas” apelido dado a um asteroide de 10 quilômetros de largura, atingiu a Terra. A dimensão do impacto foi sentido por muito tempo e causou a extinção em massa em escala planetária, matando 76% de todas as espécies que estavam vivas na época. Há uma pequena chance de a humanidade sobreviver em caso de um novo impacto acontecendo em breve. Pelo menos é o que dizem os físicos Philip Lubin e Alexander N. Cohen, da Universidade da Califórnia em Santa Barbara.

No momento, existem cerca de 1.200 asteroides no planeta em lista de risco que podem atingir a Terra em algum momento, porém todos são menores do que um quilômetro. A possibilidade de um novo asteroide de 10 quilômetros atingir a terra é de 100 a 200 milhões de anos, ou seja, quase impossível. Mas há uma pequena chance.


Cientistas mostram que humanidade pode sobreviver a asteroide (Foto: Reprodução/Pixabay)


A melhor chance de não acontecer, é modificar o asteroide enquanto ele ainda está no espaço. Os cientistas já procuram asteroides que possam cruzar com a Terra e discutem possíveis estratégias de defesa. Uma delas, é uma bomba nuclear, que pode pulverizar partes do asteroide, formando assim, pedaços menores e queimar na atmosfera. Já há estudos quanto a isso e estão bem avançados para interceptar e destruir completamente.

Caso apareça algum asteroide maior do que o Chicxulub, a estratégia não funcionará, já que o rendimento necessário para destruir ou desfazer o asteroide é menor e excede o arsenal mundial de armas nucleares. Porém, muitas bombas atômicas podem fazer com que o asteroide mude sua rota de colisão.

Com base nos estudos, os cientistas afirmam que asteroides com mais de 40 quilômetros são imparáveis usando a tecnologia atual. Se a estratégia for falha, a segunda envolve grandes bunckers subterrâneos para conseguir sobreviver ao impacto. De acordo com os autores, as espécies escavadoras ou que viviam embaixo do mar, sobreviveram à extinção em massa que ocorreu há 66 milhões de anos.

Os bunckers subterrâneos podem servir para armazenar produtos necessários para alguns anos após o impacto, como alimentos, remédios, combustível e água doce.

De acordo com a simulação feita, nos primeiros minutos do ataque, a colisão vai causar uma onda de choque quente de 300 graus, incendiando muitas áreas da Terra. Com o impacto, a fuligem formará um imenso manto de nuvens cinzentas na atmosfera superior da Terra, fazendo com que a luz solar quase não conseguisse chegar à superfície. As temperaturas cairiam bruscamente e reduziria o crescimento das folhas. Uma consequência grave seria a fome generalizada.

A terceira e última estratégia seria ignorar o problema até que seja tarde demais, como mostra o filme “Don’t Look Up”. Projetar e construir seria um trabalho muito duro e que muitos países trabalhassem juntos. Os cientistas finalizam a tese afirmando que em qualquer cenário de uma ameaça existencial, a lógica prevaleceria.

 

Foto destaque: Cientistas detalham meios de evitar que asteroide atinja a Terra. Reprodução/Pixabay

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