Empresas de tecnologia decepcionam mercado e têm queda nas ações

Sergio Gelio Por Sergio Gelio
3 min de leitura

As ações de Google, Facebook e Microsoft têm queda significativa. Alphabet, dona do Google, caiu 36% no ano. Meta, 71% e Microsoft 32%. Este é um período ruim para as empresas de tecnologia. A explicação é a diminuição nas vendas e nos anúncios com o fim da pandemia.

O momento ruim não é exclusividade dessas três empresas. Outras também acumulam declínio significativo durante o ano de 2022. As ações da Netflix caíram 50%, Tesla, 44%, Amazon, 34% e Apple, 20%. 

A receita da Alphabet teve o menor crescimento desde 2013. Ela foi a segunda que mais perdeu valor de mercado este ano, US$ 700 bilhões. A primeira foi a Microsoft, com perda de US$ 810 bilhões. Em comparação com o mesmo período em 2021, o lucro da Meta caiu em 50%.


Foto: Google. Reprodução/Shutterstock


Durante a pandemia, muitas pessoas dependeram dos eletrônicos e das redes sociais para viver. Com isso, as empresas de tecnologia obtiveram um crescimento que se tornou insustentável no presente. Uma das consequências é a queda nas instalações do Windows, sistema operacional da Microsoft. 

“Foram vendidos tantos PCs nos últimos dois anos que agora não existe demanda. Além disso, as contratações estão congeladas, então as empresas não precisam de novos computadores”, afirmou Mikako Kitagawa, analista da consultoria de marketing Gartner, ao New York Times. 

Enquanto isso, a Meta e o Google sofrem com o recuo da receita de anúncios. Nesse último trimestre o lucro com publicidade da empresa vinculada à Alphabet cresceu levemente. Apesar disso, o desempenho de anúncios no Youtube caiu, quando se esperava um aumento. A publicidade é a principal fonte de receita do Google.

Para conter aumentar os lucros espera-se que essas companhias diminuam o número de contratações. Microsoft e Apple já anunciaram que irão reduzir o ritmo de abertura de vagas.

A surpresa positiva em relação aos resultados recentes ficou com a Apple. O crescimento na receita e no lucro foi acima do esperado, devido ao aumento de 9% nas vendas do Iphone.

 

Foto destaque: Prédio da Microsoft. Reprodução/IStock

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