É fato que o Signal, aplicativo de mensagens, não tem a mesma popularidade de seus rivais, WhatsApp e Telegram. Porém, o aplicativo, que tem como foco a privacidade e segurança, quer se tornar um serviço para todos e não apenas para especialistas em segurança digital.
Justamente por isso, a plataforma de mensagens digitais lançou na última segunda (7), um recurso um tanto quanto conhecido dos internautas: os stories.
Apesar de ter o mesmo nome e intuito, a função terá algumas diferenças das redes sociais convencionais como Instagram, Facebook e WhatsApp. Segundo Meredith Whittaker, presidente da Signal Fundation, o Signal não vai coletar dados dos usuários nem mostrar anúncios nos stories. Em vez disso, o aplicativo só mostrará publicações feitas por quem está na sua lista de contatos.
Além disso, será possível desativar o recurso dentro da plataforma, ao contrário do que acontece em outros aplicativos. As publicações terão criptografia de ponta a ponta, como existe nas demais mensagens. Os stories do Signal já começaram a ser liberados para usuários de Android e iOS e, em breve, também deve chegar na versão web.
Signal lança função stories em sua plataforma. (Foto: Divulgação/Signal).
A ideia é tornar o aplicativo mais abrangente, ficando mais parecido com plataformas como Instagram e Facebook e o próprio WhatsApp, onde o recurso de fotos e vídeos via story já existe.
Segunda Meredith, é importante atrair mais usuários para o serviço: “Acho que esse ponto costuma ser esquecido, embora pareça óbvio: um aplicativo de comunicação que seus amigos não usam é inútil”, disse a executiva durante o Web Summit, feira de tecnologia e inovação realizada em Lisboa, realizada no último dia 3.
“O Signal não quer ser relegado ao canto empoeirado dos experimentos que são teoricamente seguros e privados, mas também falham em seu propósito no mundo real porque ninguém pode ou irá usá-los”, completou Meredith.
A executiva ainda criticou os serviços que usam os dados pessoais de seus clientes para lucrar: “A indústria de tecnologia hoje está baseada no modelo de negócios de vigilância“, afirmou Meredith. “É a regra, não a exceção”.
“No Signal, o que estamos tentando é um modelo sem fins lucrativos, apoiado por doações. É algo que queremos experimentar, por isso devemos privilegiar a privacidade e nossas promessas aos nossos usuários em vez da receita e do crescimento”, finalizou.
Foto destaque: Stories do Signal. Divulgação/Signal