Em outubro deste ano a Apple, Netflix, Amazon, Microsoft, Meta (dona do Facebook) e Alphabet (dona do Google) perderam mais de US$ 3 trilhões em valor de mercado nos últimos 12 meses na bolsa americana. Um mês depois, diversos desses players do setor, incluindo a Amazon, anunciaram um número grande de demissões. De acordo com o site Layoffs.fyi, que monitora os cortes de empregos na área de tecnologia, já são 136 mil postos de trabalho até a última terça-feira (21).
A Meta, controladora do Facebook, demitiu 11 mil funcionários e o Twitter demitiu 3,7 mil profissionais até agora, o que corresponde a quase metade de sua força de trabalho. Isso gerou dúvidas sobre o futuro de duas das plataformas de rede social mais populares do mundo.
Como ficam o Facebook e o Twitter com essa situação?
Diante de tantas demissões, essas plataformas ficam expostas à desaceleração econômica global como outros setores. Portanto, o investimento nestas empresas reduzirá e principalmente receitas de publicidade, no caso de plataformas de rede social. No último relatório financeiro divulgado pela Meta, foi mencionado a queda nas receitas de publicidade como um dos problemas da empresa. Além do mais, citou o TikTok como um forte concorrente.
Aplicativo do Twitter (Foto: Reprodução/Getty Images)
O Twitter também foi bruscamente prejudicado e pode enfrentar outros desafios, devido às tomadas de decisão de Elon Musk, dono da plataforma. Contudo isto já era previsto, antes da chegada de Musk: documentos internos obtidos pela agência de notícias Reuters em outubro mostraram que os usuários mais ativos da plataforma diminuíram bastante desde o início da pandemia de covid-19.
Contudo, a chegada de Musk, aparentemente criou outro problema. Um estudo feito por pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) nos EUA, publicado em 3 de novembro, uma semana após o bilionário concluir a compra da plataforma, estimou que o Twitter perdeu um milhão de usuários.
O Facebook contava com quase três bilhões de usuários ativos por mês no terceiro trimestre de 2022, de acordo com a Meta, o que faz dele a plataforma de rede social mais popular do mundo. Apesar disso, em fevereiro, a Meta anunciou que a plataforma havia perdido usuários pela primeira vez em 18 anos de história, e consequentemente derrubou suas ações.
Agora, as preocupações são com as mudanças de rumo dos usuários da plataforma: se afastando das notícias e assuntos atuais, indo em direção a mais conteúdo adulto e criptomoedas. Com essa mudança, os anunciantes perdem o interesse pela plataforma, tornando-a menos atraente.
O Facebook se preparou para o futuro com sucesso ao comprar o Instagram e o WhatsApp anos atrás para se manter relevante. Ainda que o crescimento e a popularidade do Facebook possam ter atingido seu limite, os outros produtos da empresa vivem um excelente momento em relação a quantidade de usuários que frequentam estas redes sociais. O mesmo caso pode acontecer com o Twitter que também parece estar próximo de seu fim. Contudo, diferentemente do Facebook, o Twitter não possui outros produtos.
Foto Destaque: Apps do Twitter e do Facebook. Reprodução/TudoCelular