Nesta última quarta-feira, 7, o médium João de Deus foi condenado em mais três processos por crimes sexuais em Goiás. As sentenças emitidas pelo juiz Marcos Boechat, da comarca de Abadiânia, somam mais 109 anos ao tempo de prisão que o criminoso cumpre em prisão domiciliar, emitida pelo Tribunal de Justiça de Goiás.
O caso
O médium João de Deus atuava na Casa De Dom Inácio de Loyola em Abadiânia, Goiás. Ele ficou conhecido por seus atendimentos e cirurgias espirituais que atraíam pessoas de todo o país e até internacionalmente. Entre as celebridades que já se consultaram com João de Deus, estão ex-presidentes da república, a apresentadora Xuxa, o humorista Chico Anysio e o político americano Bill Clinton. Ele também ganhou destaque internacional depois de aparecer no programa da apresentadora americana Oprah Winfrey.
Entretanto, toda a reputação do médium começou a ruir depois que denúncias, feitas por mulheres que se consultaram com ele, vieram à tona através do programa Conversa com Bial na Rede Globo. Imediatamente João foi preso e cada vez mais vítimas puderam se abrir para denunciar e falar dos crimes sexuais cometidos por dele.
Desde então o médium transitou entre presídio e prisão domiciliar desde 2020, seguindo este último desde setembro de 2021 na cidade de Anápolis.
Entre as sentenças que somam, agora, mais de 200 anos, estão a condenação por estupro e estupro de vulnerável, posse ilegal de arma de fogo e violação sexual mediante fraude.
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Novas condenações
Agora, com as novas sentenças emitidas ontem, João de Deus pagará pelas condenações de crimes sexuais cometidos contra cinco vítimas (que ocorreram entre 2010 e 2016), crimes sexuais contra três vítimas (entre 2011 e 2013) e de crimes sexuais contra mais cinco vítimas (aconteceram de 2010 até 2015).
Ainda, em um dos processos, o filho de João, Sandro Teixeira de Oliveira acabou absolvido das acusações de corrupção de testemunha e coação numa das condenações desta quarta-feira.
Foto destaque: João de Deus foi condenado novamente nesta quarta-feira, 07. Reprodução/IG