Para impulsionar tecnologias disruptivas de exploração especial, a NASA anunciou nessa semana que irá financiar 14 projetos inovadores no setor, que tem como objetivo missões tanto dentro quanto fora do sistema solar. Ainda segundo a famosa agência espacial do governo americano, serão distribuídas bolsas de estudo iniciais de US$ 175 mil (aproximadamente R$ 910 mil) para cada um dos selecionados.
Entre os diferentes projetos, é destaque para o portal Engadget um hidroavião da Quinn Morley, o TitanAir: projetado para voar pela atmosfera de nitrogênio e metano de Titã, uma das muitas luas de Saturno; Com um tipo de abertura porosa em sua asa, o projeto prevê que o avião colete metano e material orgânico complexo para estudos.
Júpiter, pelas lentes do telescópio James Webb. (Reprodução/Twitter)
Outro projeto ambicioso que chamou a atenção da NASA, desenvolvido pelo engenheiro espacial e professor da UCLA, Artur Davoyan, pode acelerar as missões que vão além do nosso sistema solar. A ideia consiste em impulsionar espaçonaves a partir de uma nova mecânica, chamada de um “feixe de pellets”, que permitiria de partículas microscópicas viajarem a uma velocidade de mais de 428.729 km/h usando rajadas de laser.
A ideia, se bem sucedida, pode reduzir de forma drástica o tempo necessário para explorar o espaço profundo. Uma espaçonave de uma tonelada poderia atingir 100 UA (Unidade Astronômica: 150 milhões de Km ou aproximadamente 8 minutos-luz) em apenas três anos e atingir 500 UA em 15 anos, destaca a Agência Espacial.
Outros projetos selecionados pela agência são igualmente ambiciosos. Mary Knapp, do MIT, propôs um observatório do espaço profundo que usaria um enxame de milhares de satélites minúsculos para detectar emissões de rádio de baixa frequência do universo primitivo, além de campos magnéticos de exoplanetas semelhantes à Terra.
A NASA explica e deixa claro que os projetos são iniciais e que o financiamento não é garantia de que as inovações terão sucesso ou serão levadas até missões oficiais. Os avanços, no entanto, poderão ajudar a agência no desenvolvimento de novas tecnologias no futuro.
Foto Destaque: Aviões em hangar da NASA. (Reprodução/Twitter)