O conflito colombiano é um dos mais antigos da America Latina ele deriva da luta pelo poder entre socialistas, conservadores e liberais.
Foto: incertezas que muitos dos sobreviventes sentem diante da série de assassinatos de integrantes das forças Reprodução/ GETTY IMAGENS.
Durante o governo do ex-presidente Juan Manuel Santos, em 2016 vários foram os acordos de paz assinados com as forças da FARC. Estas por sua vez abandonaram a luta armada, com o governo colombiano, nos termos de um cessar fogo. Deixando assim de existir oficialmente no ano de 2017, dispensando seus membros e entregando suas armas de fogo às Nações Unidas. Encerrando assim um conflito armado de 52 anos que levou a óbito mais de 200 mil pessoas expulsando outras 5 milhões do país.
Mesmo após cinco anos depois que o acordo de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), foi assinado o acordo de paz e violência segue a ocorrer. São mais de 300 casos de homicídios a pessoas que assinaram o acordo que levava ao fim de uma guerra civil de anos no país.
No último sábado (7), foi assassinado Cristian Salinas, um dos ex-combatentes da FARC; a imprensa local deu pouca repercussão ao caso. No entanto, em entrevista ao jornal espanhol EL País, ex companheiros de Salinas contestam o clima de incertezas quem muitos dos sobreviventes sentem diante da série de assassinatos de integrantes das forças após terem assinado o acordo de paz em Havana, em 2016.
Carlos Martin, um dos entrevistados relata que todos aqueles que assinaram pela paz estão com medo de sofrer um extermínio, como ocorreu nos anos 80 e 90 com a União Patriótica. Ainda de acordo com ele, a banalização destes assassinatos pode colocar em risco o acordo firmado, devido ao temor que essa situação vem causando aos ex-combatentes. Cita ainda que o último informe sobre a morte destes membros foi produzido em 2020 pelo Juizado Especial de Paz (JEP), e que o documento indica que a maioria das mortes ocorreu quase todas em zona rural da Colômbia, e que as vitimas foram baleadas com tiros na cabeça e que eram pessoas que cumpriam papeis subalternos dentro da organização.
Acredita-se que os assassinatos dos ex-combatentes sejam uma represália aos grupos rebeldes que se recusaram a entrar no processo de paz. Que ficaram em desacordo uns com os outros. A discórdia seria por rotas de drogas da Colômbia para Venezuela.
Atualmente o então presidente, Gustavo Petro, tenta chegar a um novo acordo, com o exercito de libertação Nacional (ELN).
Foto destaque: São mais de 300 casos de homicídios a pessoas que assinaram o acordo que levava ao fim de uma guerra civil de anos no país. REPRODUÇÃO/ GETTY IMAGENS.