Twitter retira selo de verificação das contas do Talibã

Guilherme Tabosa Por Guilherme Tabosa
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A rede social Twitter retirou o selo de verificação de contas do Talibã. Muitos usuários reclamaram do fato de que integrantes do grupo radical, controlador do Afeganização, tinham o selo azul na rede. De acordo com o The Gardian, na última terça-feira, 17, as contas não são mais verificadas. No entanto, não se sabe se o próprio Twitter ou os donos da conta retiraram o selo.

O famoso selo de verificação era dado pelo Twitter, de forma automática, a contas relevantes e que fossem ”notáveis e autênticas de interesse público”. Mas ao comprar a plataforma, o homem mais rico do mundo, Elon Musk, mudou essa política. Ele proporcionou que qualquer usuário tivesse o selo. Para isso, Musk criou o ”Twitter Blue”, onde o usuário paga uma mensalidade para ser verificado. O Twitter afirmou que utilizava a verba tanto para aumentar sua receita, tanto para o combate de bots e perfis falsos. Os integrantes do Talibã tinham este serviço, segundo a BBC.


                             

                                                        Exemplo de conta no ”Twiter Blue”. Foto: (TechTudo)


Um ex-funcionário do Talibã elogiou a mudança e agradeceu Elon Musk por “tornar o Twitter ótimo novamente”. O chefe do departamento de acesso à informação do Talibã, Hedayatullah Hedayat, e seu principal fiscal de mídia, Abdul Haq Hammad, são bastante influentes em suas contas. Eles publicam assuntos administrativos do grupo e tem mais de 350 mil seguidores somados.

Selo verificado e o ”Twitter Blue”

Antes da compra da plataforma por Elon Musk, o próprio Twitter dava o selo de verificação a grandes contas da rede. Em geral, influenciadores, políticos, autoridades e jornalistas, tinham suas contas verificadas, o que dá mais credibilidade e visibilidade pela rede social. Agora, qualquer usuário pode ter a marca. Basta pagar oito dólares por mês.

Pelo ”Twitter Blue”, mais contas podem ser consideradas grandes formadores de opinião. A medida pode facilitar a divulgação de fake news e que pessoas e grupos perigosos tenham mais poder de fala, sem sofrer grandes consequências.

Foto Destaque: Logo do Twitter. Reprodução/Olhar Digital

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