A Dow previu, ontem (26), receita para o trimestre atual abaixo das estimativas e afirmou que vai demitir cerca de 2 mil trabalhadores. Os custos de produção aumentaram nos últimos trimestres após a invasão da Ucrânia pela Rússia, as medidas de isolamento social na China e sinais de desaceleração econômica global, que diminuíram a demanda por produtos químicos da Dow usados em indústrias como de automóveis, embalagens e eletrônicos.
O vice-presidente financeiro da Dow, Howard Ungerleider, disse que, embora o ritmo da inflação tenha diminuído, os níveis gerais de custo permanecem elevados. A companhia espera que as recentes mudanças na política de isolamento social contra Covid na China aumentem a demanda, mas isso levará algum tempo.
Dow demitirá cerca de 2 mil funcionários (Foto: Reprodução/Exame)
“É provável que os preços dos produtos químicos subam no primeiro trimestre (2023) e veremos uma demanda melhor no segundo trimestre”, afirmou Aleksey Yefremov, analista da KeyBanc Capital Markets.
O lucro da empresa recuou a US$ 0,85 por ação, de US$ 2,32 um ano antes. O lucro por ação ajustado ficou em US$ 0,46, ante previsão de US$ 0,57 dos analistas consultados pelo FactSet.
A Dow planeja economizar US$ 1 bilhão em 2023. A empresa anunciou que vai se livrar de certos ativos e avaliar ainda mais sua base global, principalmente na Europa. O anúncio de demissões atinge 5% de sua força de trabalho. O presidente-executivo, James Fitterling, disse que a redução do quadro de funcionários não foi totalmente sobre a Europa, “embora a Europa seja uma grande parte do declínio de ganhos que está nos levando a tomar essas ações”.
A Dow espera que a receita do primeiro trimestre fique entre US$ 11 bilhões e US$ 11,5 bilhões, ante média de expectativas de analistas de US$ 13 bilhões, segundo dados da Refinitiv.
Foto destaque: Dow. Reprodução/UOL