Nesta quarta-feira (1), o Open Finance completa dois anos. Neste período, a marca alcançou cerca de 15 milhões de clientes únicos e 22 milhões de consentimentos ativos para o compartilhamento de dados financeiros, de acordo com o Banco Central.
A iniciativa, que visa promover a competição no sistema financeiro através da circulação de informações de clientes, depois da autorização, já possui mais de 800 instituições participantes, dentre estas: bancos, fintechs e cooperativas de crédito, e é reconhecida internacionalmente.
O BC cita que a Open Banking Excellence, instituição do Reino Unido, país reconhecido por ser uma grande referência mundial nesse tipo de compartilhamento, pontuou que o Brasil vai superar os britânicos em número de usuários em curto prazo. Além disso, o Open Finance brasileiro se destacou no quesito “Ambiente regulatório”. Ademais, o BC brasileiro o prêmio na FinTech and RegTech Global Awards 2022, organizado pela Central Banking, na categoria “Data Management Initiative Award”.
Banco Central do Brasil (Foto: Reprodução/Banco Central do Brasil)
O BC quer melhorar a qualidade de avaliação do crédito do cliente, para que se tenha mais fluxo de portabilidade de crédito. O órgão também ressaltou o desenvolvimento de iniciadores de pagamento, ferramenta da terceira fase do Open Finance, esta melhora a experiência do cliente no pagamento em ambientes virtuais, assim, algumas etapas da jornada tornam-se automáticas, como por exemplo: a mudança de aplicativo do celular para efetuar um pagamento via Pix.
“Os maiores efeitos do Open Finance, como a redução da assimetria de informação e a promoção da concorrência, serão percebidos ao longo do tempo, de forma gradual. Esses dois primeiros anos foram necessários para a estruturação desse ecossistema e a definição de uma agenda evolutiva. É um projeto extremamente complexo e com grande amplitude de mudança no Sistema Financeiro Nacional”, disse João André Pereira, Chefe do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro.
Para 2023, o regulador pretende que as instituições participantes passem a oferecer o compartilhamento de dados sobre novos grupos de produtos e serviços, como investimento, seguro, previdência e câmbio. Ainda se espera que implementem funcionalidades direcionadas ao público empresarial, e melhorias na jornada de compartilhamento de dados e de iniciação de pagamento.
Foto Destaque: Open Finance Brasil. (Reprodução/Open Finance Brasil)