O ex-jogador do Barcelona, Gerard Piqué, está sendo investigado por movimentações financeiras suspeitas na Espanha. A empresa a qual ele, e sua nova namorada, Clara Chía, são sócios, a Kosmos, é alvo de transações polêmicas. De acordo com o jornal espanhol ”El Economista”, a Receita Federal do país detectou irregularidades na realização da Supercopa da Espanha, disputada no mês passado, na Arábia Saudita. O Barcelona venceu o Real Madrid por 3 a 0 na final, ficando com o título.
Na última segunda-feira, 6, documentos da Unidade de Apoio contra a Corrupção e Criminalidade Organizada, apontam que a empresa saudita ”Sela Sport Company Limited”, transferiu quase dois mihões de euros à Kosmos, nos dias 12, 13 e 14 de outubro de 2022. A corporação organizou a Copa do Mundo de 2022. Segundo a reportagem, Piqué teria recebido 24 milhões de euros pela Sela, como comissão.
Piqué tinha acordo com a Sela desde 2019 e recebia comissões desde então. (Foto: Reprodução
O tribunal responsável pelo caso pediu informações a um dos bancos utilizados por Piqué, que foram o destino dessa operação milionária. Também em 14 de outubro, Gerard Piqué fez uma transferência de mais de 600 mil euros, a um destinatário desconhecido, alegando que seria para o pagamento de impostos. O Tesouro negou que tenha recebido.
A Kosmos fez uma transferência de 2,4 milhões de euros, para uma conta que havia sido criada em 11 dias, e ela também será investigada, a pedido da Receita ao juiz responsável pelo caso. O Tribunal de Instrução já fez o requerimento de justificativa a um dos bancos usados nas transações. O caso chegou até o presidente da Federação Espanhola de Futebol. O denunciante, Miguel Galán, presidente do Cenafe (Escola Nacional de Treinadores da Espanha), alegou que as tranações podem ter sido feitas em nome do presidente da Federação, Luis Rubiales, que serviria como álibi. Piquet ainda não se pronunciou sobre a investigação.
Foto Destaque: Piqué em sua despedida do Barcelona. Reprodução/Instagram