Terremoto na Turquia e na Síria: tecnologia pode ajudar a diminuir o impacto de desastres

Júnior Pereira Por Júnior Pereira
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Na última segunda-feira (6), dois terremotos devastadores consecutivos – o primeiro deles com 7,8 graus de magnitude – atingiram a Turquia, próximo à fronteira com a Síria, deixando mais de 7 mil mortos até o momento. Porém, você sabia que a tecnologia tem sido uma grande aliada em mitigar danos e trazer alertas antecipados para alguns desastres naturais?

Desde sensores movidos à inteligência artificial até equipamentos capazes de mapear danos estruturais a edifícios, os sistemas de aviso já ajudam a preparar regiões sobre possíveis tremores, de forma preventiva. Além disso, depois que os terremotos acontecem, também são utilizadas tecnologias com o intuito de localizar as vítimas, como drones e sensores.


Terremoto atingiu a Turquia na última segunda e deixou milhares de mortos. (Foto: Reprodução/Flickr)


O Innovation Origins listou quatro tecnologias que estão sendo utilizadas atualmente para prever terremotos e diminuir os impactos em áreas vulneráveis, como é o caso da Turquia e Síria.

1. Sistema de aviso em tempo real

Imagine prever quando um terremoto acontecerá? Isso poderia salvar muitas vidas, concorda? Pesquisadores da University College London, no Reino Unido, e do European Centre for Training and Research in Earthquake Engineering estão promovendo um sistema de alerta precoce para abalos sísmicos. O sistema utiliza redes de sensores e modelos matemáticos para detectar terremotos em tempo real.

“O principal componente é uma densa rede de sensores com uma infraestrutura de comunicação rápida e robusta. Graças aos avanços tecnológicos, agora é possível instalar muitos sensores sísmicos de baixo custo e atualizar os sensores existentes de forma barata”, comenta a pesquisadora Elisa Zuccolo.

2. Localização do epicentro através de inteligência artificial

Assim como os terremotos, os tremores após eles também devem ser monitorados Hoje em dia, a ferramenta mais utilizada para esse tipo de coisa ainda é o sismógrafo, porém, o trabalho pode ser demorado, já que deve ser feito manualmente.

Levando isso em conta, pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Karlsruhe, na Alemanha, encontraram uma forma funcional para localizar com precisão os epicentros do terremoto usando inteligência artificial. Além de serem localizados com uma maior assertividade, também facilita a previsão dos tremores secundários. A tecnologia ainda está em teste, mas já conseguiu fazer previsões de 411 terremotos no norte do Chile com detalhes semelhantes a de um sismólogo.

3. Bioradar para localizar pessoas soterradas

Em uma pesquisa, visando ajudar no socorro de vítimas em escombros, cientistas desenvolveram uma espécie de sistema modular de sensores para um drone. A tecnologia consiste em até quatro pacotes de sensores diferentes conectados ao respectivo drone, incluindo um tipo de bioradar para detectar os movimentos respiratórios de vítimas soterrados, localização de telefones celulares, medição de gás a laser para sensoriamento remoto de misturas explosivas de ar e análise de estrutura de detritos para avaliar a estabilidade de detritos.

4.  Mapeamento de danos

Por último, mas não menos importante, há também uma espécie de medidor de danos causados por terremotos. A tecnologia é da empresa StabiAlert, e foi criada por dois empresários de Groningen, após o terremoto na cidade. O CEO da empresa, Arjen Miedema, salienta que a tecnologia une vários elementos de sensor magnético que são capazes de calcular danos em estruturas de forma tridimensional. “Os dados do sensor são enviados para um aplicativo uma vez por hora. Pelo aplicativo é possível acompanhar se houve alguma alteração e definir acionadores de alarme para receber alerta.”

Foto destaque: Tecnologias podem ajudar a diminuir o impacto de terremotos e outros destaques. Reprodução/Unsplash

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