O Brasil registrou o maior volume de chuvas da história, segundo os números do Cemaden, Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais a força das tempestades no Brasil quase 500 pessoas morreram por consequência desses desastres naturais, em pouco mais de um ano.
Moradores do Litoral Norte de São Paulo enfrentaram tempestades intensas, neste feriado de Carnaval, que infelizmente resultaram em mortes, desaparecidos e prejuízos financeiros. Nos últimos dias ou relatos diariamente, aumentaram sobre desmoronamentos, enchentes, desastres naturais, vítimas e prejuízos financeiros causados pelas chuvas fortes de verão.
De acordo com o Cemaden, no Brasil atualmente existem aproximadamente 40 mil áreas de risco, onde vivem mais de 10 milhões de brasileiros. Somando as populações de Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza e Manaus daria esse número. Contudo, esse grave problema ainda não tem, até o momento, nenhuma política pública capaz de reduzir o risco de novos desastre.
Tragédia em São Sebastião causa deslizamento de terra (Foto: Reprodução/G1)
“O impacto dos desastres é decorrente de dois fatores: um são os eventos meteorológicos extremos, que nós sabemos que estão aumentando por conta das mudanças climáticas; e outra pela vulnerabilidade e exposição das pessoas, que também está aumentando”, afirma o presidente do Cemaden, Osvaldo Moraes.
O professor do Instituto de Estudos Avançados da USP, Carlos Nobre, defende planos de adaptação de diferentes níveis de governo para resolver o problema: “O maior desafio é retirar as pessoas que moram em áreas de risco. Aí é um desafio que não dá pra fazer em um mês, em um ano. É muito investimento, é enorme. Mas essa é a solução. Isso tem que ser uma prioridade de todos os governos – governo federal, governos estaduais, prefeituras municipais -, com muito apoio, inclusive, do setor privado, para financiar tudo que é necessário”.
O presidente da Cemaden sugere algumas soluções de mais baixo custo que poderiam minimizar a ocorrência de novos desastres. Como a instalação de sirenes de alerta em áreas de risco, como já existe em cidades como Rio de Janeiro, Vitória e Salvador.
“É fazer com que os alertas que são emitidos cheguem à população no momento importante, que é o momento que antecede o desastre. Que essas populações também estejam preparadas pra responder a esse alerta quando ele chega”, defende o presidente do Cemaden.
Enquanto isso com um clima instável, as áreas de risco só aumentam, a economia acabar por ter prejuízos financeiros desses eventos climáticos
Foto Destaque: Moradores ajudam o Corpo de Bombeiros nas buscas por sobreviventes que ficaram soterrados em um deslizamento. Reprodução/G1