A luta pela conquista de espaços de destaque e equidade de gênero no mercado de trabalho tem sido uma constante realidade para mulheres no mundo inteiro, mas ainda existem empecilhos econômicos que as atrasam, aumentando ainda mais a diferença profissional com homens.
Em 2022, a remuneração mensal global diminuiu cerca de 0,9%, o que registrou a primeira queda nos rendimentos reais no século XXI, conforme esclarecem os dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Mas para mulheres a queda fica ainda mais expressiva, devido à diferença de 10% a 30% a menos que recebem de salário em relação a pessoas do sexo masculino.
Para mulheres de grupos minoritários, a diferença cresce ainda mais, visto que tendem a ganhar menos ainda que mulheres brancas, segundo exemplifica os dados da secretaria de estatísticas trabalhistas dos Estados Unidos, feito no quarto trimestre de 2022.
Mulheres de grupos minoritários são ainda mais atingidas pela desigualdade financeira. (Foto: Reprodução/RF Studio/Pexels)
A média de ganhos semanais mostra que mulheres negras recebem cerca de US$ 856 (R$ 4,43 mil), hispânicas ou latinas US$ 774 (R$ 4 mil), comparadas com mulheres brancas, que faturam US$ 991 (R$ 5,13 mil) e homens brancos US$ 1.194 (R$ 6,18 mil).
Para a Bank of America, momentos de inflação como o atual vivido acaba sendo um fator que prejudica ainda mais a situação financeira para o sexo feminino, principalmente pelo fato dos salários não acompanharem a inflação e o crescimento no valor dos serviços e produtos.
Outros fatores como, responsabilidades domésticas e familiares, maternidade, o consumo mais caro comparado ao de homens e o acesso e conclusão do ciclo educacional, são apontados como dificultadores na conquista de um emprego e independência financeira para o sexo feminino.
Para a BofA, “Investir na Diversidade, Equidade e Inclusão pode ajudar a promover a diversidade de pensamento e inovação, cada vez mais importante à medida que a desaceleração do crescimento aumenta entre as empresas, que querem evitar riscos e melhorar a competitividade”.
Foto destaque: Inflação ameaça equidade de gênero no mercado de trabalho. Reprodução/RF Studio/Pexels.