É, agora você pode fazer um pedido de fastfood pelo aplicativo e na hora de efetuar o pagamento, utilizar alguma criptomoeda para quitar seu débito. A nova modalidade agora faz parte do leque de opções de pagamento utilizada pelo mercado varejista.
Qual a melhor escolha para liquidar uma conta? Dinheiro, cheque, cartões (crédito/debito), pix, débito em conta. As formas são as mais variadas sempre pensadas estrategicamente pelo empreendedor com a finalidade de trazer mais comodidade, segurança, conforto, etc….
Ultimamente o varejo percebeu que uma delas consegue abarcar mais dessas qualidades do que as outras, são as criptomoedas. O fato de estarem em constante elevação no mercado brasileiro é um atrativo e, pensando de forma estratégica no futuro, algumas empresas do varejo se antecipam e lançam a tendência agora para colher os criptofrutos depois.
Para se ter uma idéia, no começo da semana os criptoativos bateram a marca de R$ 16,5 trilhões. O bitcoin, protagonista da “criptoera”, ascendeu a novos patamares chegando a ser avaliado em torno de R$369,78 mil. Hoje o ativo digital está em baixa e a cotação chegou R$ 362.669,86 com queda de 2,25%, em atualização feita as 20:00 horas, no portal do biticoin.
Hora de juntar as criptomoedinhas para comprar pão. Foto (Reprodução/Metrópoles)
Essa iniciativa aqui no Brasil, acontece depois que o país El Salvador transfomou a moeda digital como a principal e, já possui milhares de CPFs cadastrados no app do governo. Atualmente as criptomoedas tem uma alta aceitabilidade no mundo e apresentam mais segurança para as transações.
O motivo principal dessa segurança vem da tecnologia Blockhain. Ela cria um bloqueio que impede suas informações financeiras transmitidas por meio digital de serem hackeadas e subtraídas. Também da mais transparência na relação de consumo e evita qualquer tipo de engodo envolvendo as partes interessadas na negociação. Apesar de todas esses beneficios envolvendo seu uso, a adesão por parte dos consumidores ainda e baixa. Em decorrência disso o percentual de lucro ainda é pequeno, por isso muitas empresas não fazem a conversão para reais. Na maioria das vezes elas preservam os valores como uma reserva de contingência.
Outra vantagem é que o critptoativo pode multiplicar de valor. As negociações realizadas podem chegar a seis dígitos. Por isso muitas empresas não abrem mão dessa possibilidade dando a chance para o cliente no caixa, escolher a sua modalidade preferida no momento do fechamento da compra. Na hora da transação o funcionário faz a conversão e o pagamento é feito pelo aplicativo.
Mas nem todos no mercado acreditam nessa novidade. Muitos não acreditam que o bitcoin vai se transformar na principal forma de quitação pois na maioria dos casos, as pessoas que fazem o investimento na criptomoeda preferem reter o ativo digital à usa-lo moeda de pagamento. Uma dessas vozes descrentes é a de Rodrigo Alves, diretor financeiro do Nobile Plaza Hotel. “O valor que temos hoje representa menos de 5% da carteira de investimentos . Eu comprava bitcoin desde 2015 e vejo com bons olhos ter essa reserva para o hotel”, diz Alves.
O CEO da corretora de criptoativos Fox Bit, Ricardo Dantas, acredita que essa é uma jogada de publicidade com o intuito de atingir uma procura que ainda está contida. “O BTC está sendo cada vez mais falado, então há apelo de marketing em aceitar o ativo”, pontua. “Em empresas cujo ticket médio é elevado, a demanda por criptomoedas por parte dos clientes é mais forte”, finaliza Dantas.