Expansão de receitas no mercado de games no Brasil: oportunidades destacadas pela Riot Games

Stefani Couto Por Stefani Couto
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A Riot Games, uma das maiores empresas de games do mundo, realizou no Brasil a final do seu principal campeonato de e-Sports, o CBLOL, no último sábado (15). A empresa celebra seus 10 anos de presença no país, que é um dos seus mercados mais importantes, com cerca de 23 milhões de espectadores de games, ocupando a terceira posição mundial, atrás apenas da China e dos Estados Unidos.


<blockquote class=”twitter-tweet”><p lang=”pt” dir=”ltr”>A <a href=”https://twitter.com/LOUDgg?ref_src=twsrc%5Etfw”>@LOUDgg</a> É BICAMPEÃ DO <a href=”https://twitter.com/hashtag/CBLOL?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw”>#CBLOL</a><br><br>A organização representará o Brasil no <a href=”https://twitter.com/hashtag/MSI2023?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw”>#MSI2023</a>, que acontece entre 2 e 21 de maio, em Londres <a href=”https://t.co/YXUyYXnqzL”>pic.twitter.com/YXUyYXnqzL</a></p>&mdash; #CBLOLDiff (@CBLOL) <a href=”https://twitter.com/CBLOL/status/1647314486905192450?ref_src=twsrc%5Etfw”>April 15, 2023</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>


Em entrevista à Forbes Brasil, Diego Martinez, Country Manager da Riot Games no Brasil, falou sobre o atual momento da empresa e do ecossistema de games no país. Diego Martinez destacou que, apesar da crise entre as empresas de tecnologia, a indústria de games vem apresentando oportunidades de expansão de linhas de receitas, incluindo conteúdo e licenciamento.

Ele ressaltou que “depois de um período de pandemia, que os games cresceram de forma exponencial, com altos índices de audiência e horas jogadas, vivemos agora, além de todos os contextos macroeconômicos, também uma mudança na maneira de se consumir conteúdo digital. O entretenimento, de alguma forma, vem sentindo essa queda e repensando como manter a conexão com os jogadores e audiência mesmo em um momento que a atenção das pessoas se redistribuiu”.

Quanto à contratação de mão de obra especializada, Diego mencionou que a demanda por profissionais como engenheiros, marketing e negócios continua relevante, não apenas no Brasil, mas globalmente, devido à necessidade de renovação e manutenção dos jogos.

Em relação à discussão sobre se e-sports são ou não esporte, Diego afirmou que, do ponto de vista da Riot, a indústria de games é extremamente profissionalizada, envolvendo atletas, profissionais e prestadores de serviços. Ele destacou que limitar a discussão apenas à questão do contato físico ou se é ou não um esporte é reduzir o valor e a dedicação de times e público em relação aos games, e que é uma indústria cada vez mais profissionalizada.

Quanto à customização do conteúdo global para uma audiência regional, Diego mencionou que, apesar de a Riot ter personagens globais, a narrativa é localizada. Ele destacou a personagem Raze, uma personagem negra e baiana, como um exemplo de como a Riot desenvolve histórias particulares para o Brasil, como uma música releitura da cantora brasileira Daniela Mercury associada ao contexto local.

Diego também falou sobre as principais receitas da Riot no Brasil, destacando as microtransações, patrocínio e licenciamento como pilares importantes de receita. Ele ressaltou o foco em desenvolver projetos de longo prazo e com qualidade e consistência para os parceiros de patrocínio e a importância do conteúdo como gerador de receita.

“A Riot produz jogos gratuitos. Uma pessoa, se quiser, pode passar a vida inteira se relacionando conosco sem ter que pagar nada. Mas temos as microtransações, neste caso, damos a opção da compra de itens cosméticos, nossa linha não contempla nenhum acessório que interfira no desempenho do jogo. Uma outra linha importante de receita é o patrocínio. Por exemplo, fizemos uma parceria com Havaianas no desenvolvimento de sandálias com nossos personagens e isso é uma ponta de conexão muito importante.”


Tinowns e jogadores da LOUD após vitória na 1ª rodada do 1º Split. Reprodução/Bruno Alvares/Riot Games


A LOUD se consagrou como a grande campeã do primeiro split do Campeonato Brasileiro de League of Legends (CBLOL), o principal torneio de LoL do Brasil. Na grande final contra a paiN Gaming, a organização mostrou seu talento e habilidade ao dominar a série, repetindo o resultado da última final contra “Os Tradicionais” e conquistando o bicampeonato com uma vitória por 3×0. Essa vitória não apenas garantiu o título à LOUD, mas também a oportunidade de representar o Brasil no Mid-Season Invitational (MSI), um prestigiado torneio internacional de meio de temporada que será realizado em Londres, a partir do dia 02 de maio, e contará com a participação das melhores equipes do mundo.

Foto destaque: Diego Martinez, manager da Riot Games. Reprodução/Forbes Brasil

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