Saiba o que pode prejudica a audição do seu pet e você nem sabia

Heloisa Santos Por Heloisa Santos
4 min de leitura

O aprendizado sobre as manias, comportamentos e hábitos dos pets é sempre um processo contínuo, do dia a dia, dada a complexidade de animais que não cansam de nos surpreender. E claro, isso inclui a saúde dos bichinhos. Para os tutores, fica exposta a necessidade de se olhar para detalhes que, em muitos casos, passando despercebidos, podem culminar em problemas maiores. O que não desejamos para nenhum dos nossos companheiros, não é mesmo? 

A audição é um ponto central de análises relacionadas ao tema, isso é fato. Se barulhos geralmente já incomodam os humanos e tiram o sono de milhares de pessoas, causando entreveiros variados, para os animais domésticos, pela alta sensibilidade que possuem nos aparelhos auditivos, o cenário é ainda pior.  

Nosso cotidiano, principalmente para quem mora em grandes cidades, é repleto de poluição sonora. Existem os exemplos mais extremos que, sem dúvidas, precisam estimular o tutor a se movimentar em prol da integridade do animal, como é o caso dos fogos de artifício, mas outros ruídos também perturbam cães, gatos, entre outras espécies. 

Perigos invisíveis e o como se comportar 

Quando discutimos a importância de se proteger os pets de sons elevados, não é por acaso. Esses barulhos podem ocasionar uma série de consequências para o aparelho auditivo dos bichinhos e resultar, ainda, em condições mais profundas, exigindo uma ida emergencial ao veterinário. Danos psicológicos, por sinal, não estão fora da equação. 

Na correria do dia a dia, é natural que detalhes passem da nossa percepção sobre o que faz mal ou não à audição animal. O primeiro passo para adotarmos um cuidado preventivo com o assunto é reconhecer perigos invisíveis, mencionados com pouca frequência. Os gritos, por exemplo, são sons extremamente desconfortáveis para os pets, e flertam com a iminência de ferir seus canais aditivos. Barulhos produzidos por eletrodomésticos, como liquidificadores e secadores de cabelo merecem uma atenção especial, como agentes que contribuem para o estresse canino e felino. Caixas de som, utilizadas por milhares de pessoas, são fontes que jogam os decibéis lá nas alturas. Portanto, requerem um cuidado específico.  

Entendo que manter um ambiente de excelência sonora não é uma tarefa fácil para os tutores. Mas é possível tomar medidas preventivas, a fim de preservar a audição dos bichinhos e evitar estresses desnecessários. Evidentemente, se sintomas forem identificados, é sempre recomendável delegar a situação a um profissional veterinário, de modo a garantir o melhor diagnóstico e o melhor tratamento.  

Por fim, hoje, uma opção viável e bastante eficaz é a aplicação de fones de ouvidos especializados, desenvolvidos com materiais confortáveis e que garantem um isolamento acústico bem-vindo. O tutor pode e deve agir com proatividade para preservar a saúde de seus companheiros animais, e com o uso da tecnologia a favor de quem não pode se proteger, a poluição sonora tem condições de ser minimizada, superando traumas que devem ficar no passado. 

*Dr. Pedro Mancini é CEO da DogPhones, startup que utiliza a tecnologia para desenvolver fones de ouvido para pets. Médico veterinário pela Universidade de Marília, é Mestre em oftalmologia pela USP.  

Foto Destaque: Reprodução

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