Advogado que representava o Telegram no Brasil deixa de prestar serviço à empresa

Joana Tchian Por Joana Tchian
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Alan Campos Elias Thomaz, advogado que representava o aplicativo Telegram em processos judiciais no Brasil, não atende mais a empresa. A saída foi confirmada pelo próprio advogado ao G1.

Em nota, Thomaz diz que “não é mais procurador do Telegram e esclarece que não teve e não tem relação direta com a empresa, somente indiretamente prestou serviços de assessoria jurídica sobre a legislação brasileira por meio de seu escritório”.

Durante as eleições presidenciais de 2022, o TSE tentava conseguir uma parceira com o Telegram para combater as Fake News, como havia feito com o TikTok, Facebook, Twitter, Whatsapp, Instagram, Google, Kwai e Youtube, mas não obteve sucesso, já que o telegram não respondia aos convites.

No dia 18 de março, no entanto, a plataforma mudou de atitude, após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinar a suspensão do telegram em todo o país, por descumprimento de decisões judiciais que envolviam o aplicativo.


Allan Campos Elias Thomaz, advogado que representava o Telegram no Brasil. Foto: Reprodução/Análise Editorial


Após a plataforma cumprir as determinações judiciais que estavam pendentes, Moraes revogou a decisão, em 20 de março. Uma das determinações era indicar à Justiça um representante oficial no Brasil.

Em pronunciamento na época, o telegram chegou a afirmar: “Alan tem experiência anterior em funções semelhantes, além de experiência em direito e tecnologia, e acreditamos que ele seria uma boa opção para essa posição enquanto continuamos construindo e reforçando nossa equipe brasileira”.

“Ele tem acesso direto à nossa alta administração, o que garantirá nossa capacidade de responder solicitações urgentes do Tribunal e de outros órgãos relevantes no Brasil em tempo hábil”, completou.

No mês de abril deste ano, o aplicativo voltou a ser bloqueado no país. A Polícia Federal solicitou dados e informações de grupos que estariam incentivando os ataques em escolas. O telegram chegou a entregar estes dados, mas não forneceu, no entanto, os números de telefone de participantes de um grupo que divulgava conteúdos nazistas.

Allan Campos Elias Thomaz, o advogado, em seu pronunciamento, diz: “O escritório Campos Thomaz & Meirelles Advogados esclarece que não é mais procurador do Telegram. Esclarece ainda que Alan Thomaz é sócio do escritório Campos Thomaz & Meirelles Advogados e não teve e não tem relação direta com o Telegram, somente indiretamente prestou serviços de assessoria jurídica sobre a legislação brasileira por meio de seu escritório. Solicitamos gentilmente que o nome dos sócios e advogados seja desvinculado ao Telegram, pois imprecisa a informação, na medida em que o Telegram somente estabeleceu relação direta de prestação de serviços com o escritório Campos Thomaz & Meirelles Advogados”.

 

Foto destaque: Reprodução

 

 

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