A Justiça de São Paulo determinou a penhora da Arena do Grêmio na última terça-feira. A juíza Adriana Cardoso dos Reis manifestou a decisão após pedido dos bancos Santander, Banrisul e Banco do Brasil, que financiaram a construção do estádio.
A Arena Porto Alegrense afirmou que a penhora é “um procedimento técnico inerente ao processo”, que, como imóvel, a Arena só pode responder por 8% da dívida por contrato. A ação movida pelos banco cita a Arena Porto Alegrense, empresa que gerencia o estádio, além Karagounis e da OAS Empreendimentos.
A dívida presente é de R$ 226 milhões. Os três bancos financiaram R$ 210 milhões para a construção do estádio, mas apenas R$ 66 milhões foram pagos. A decisão da juíza, além de citar o imóvel, também dá o direito a superfície, mas a decisão cabe recurso. Os bancos cobram o pagamento desde 2022. Como o Grêmio ainda não realizou a troca de chaves com a empresa, ainda detém a área do Estádio Olímpico e não da Arena do Grêmio, que está como garantia para os financiadores.
O entorno da Arena do Grêmio (Reprodução/Luciano Lanes/Arquivo PMPA)
O Grêmio se manifestou oficialmente e buscou tranquilizar os seus torcedores, garantindo continuidade das atividades no estádio. “O Clube informa que este é um assunto que vem sendo acompanhado de perto pela atual gestão, por advogados internos e externos designados para tratarem especificamente sobre o assunto”, diz o comunicado.
Além disso, o clube reforça que não faz parte desse processo e continuará com a Arena. “É importante frisar que o Grêmio não é parte neste processo e que tem direito de receber a Arena livre e desembaraçada de quaisquer ônus. Com isso, o Clube, por meio da presente nota, visa tranquilizar a sua torcida que continuará como mandante de seus jogos no estádio”, completou.
A Arena do Grêmio foi inaugurada em dezembro de 2012 e tem capacidade oficial de 55.662 lugares, sendo o 7 maior estádio do país. O projeto custou aproximadamente R$ 469 milhões.
Foto destaque: Arena do Grêmio. Reprodução/Instagram