De acordo com veículos estatais da Coreia do Norte, 120 mil pessoas participaram de protestos em Pyongyang, capital do país, contra os Estados Unidos. Os atos ocorreram neste domingo (25), no aniversário do início da Guerra da Coreia, e os manifestantes carregavam faixas e placas que prometiam uma “guerra de retaliação” contra os Estados Unidos.
As fotos divulgadas pela KCNA, agência de notícias do país, mostram os protestantes em um estádio lotado, com slogans como “Todo o continente dos EUA está dentro do nosso campo de disparo” e “Os EUA imperialistas são os destruidores da paz”. Recentemente, a Coreia do Norte tem feito testes de armas que aumentaram a tensão entre o país, a Coreia do Sul, e os Estados Unidos. De acordo com a mídia do país, os norte-coreanos tem “a arma mais forte para punir os EUA”, incluindo o maior míssil balístico intercontinental do país.
Norte-Coreanos nos protestos de Pyongyang. (Foto: Reprodução/Reuters)
A Coreia do Norte recentemente vem acusando os Estados Unidos de tentar desencadear uma guerra nuclear, citando “esforços desesperados” do país, entre eles o envio de ativos militares estratégicos para os entornos. Há preocupação dos americanos que a Coreia do Norte possa lançar mais satélites militares seguindo a tentativa fracassada do dia 31 de maio, com o objetivo de aumentar o monitoramento ao país. A rixa entre os dois países vem sendo desenvolvida na última década, uma espécie de segunda guerra fria que deixa o resto da humanidade preocupada com a iminência de uma guerra nuclear.
A guerra entre as Coreias começou em junho de 1950, que na verdade foi uma guerra civil que dividiu a Coreia em duas partes. As tensões entre o norte e o sul continuam até hoje, apesar do cessar fogo, provocações e acusações entre os dois lados são constantes. Não tendo nenhum tratado de paz oficial, tecnicamente os dois países ainda estão em guerra, mesmo com esforços dos governos para terminar oficialmente.
Foto destaque: Manifestantes durante os protestos de Pyongyang. Reprodução/Getty Images