Redução nos juros leva investidores a considerarem ações pagadoras de dividendos

Marcos Vinícius D Por Marcos Vinícius D
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Seguindo as previsões dos analistas no semestre anterior, os juros começaram a cair no Brasil. Com a rentabilidade da Renda Fixa e Títulos caindo, alguns investidores já começam a considerar o mercado de ações como alternativa de manter ou até mesmo aumentar os seus ganhos. Nesse cenário uma das ações queridinhas da bolsa são as pagadoras de dividendos que são uma parte dos lucros obtidos por uma empresa durante determinado período no exercício financeiro. Os valores são divididos por ações e distribuídos aos acionistas de acordo com a quantidade de papéis possuídos.

Caminho de chegada até a distribuição dos lucros

Para serem gerados, os proventos dependem de uma série de fatores, que passam pela capacidade de geração de caixa, os lucros das operações e a estratégia adotada pela companhia para seu posicionamento no setor. O preço das ações também é um fator chave. Se for muito elevado, tende a representar um risco muito alto ao investidor que poderá ser penalizado com a queda na cotação e redução dos dividendos pagos, caso algo atinja a atividade da empresa. A redução das taxas de juros faz com que as corporações tenham menos despesas com o pagamento de suas dívidas oriundas dos financiamentos de suas atividades. Isso permite o aumento da disponibilidade de recursos no caixa que favorecem a distribuição de proventos aos investidores.


Empresas que pagam dividendos são as queridinhas no mercado (foto: reprodução/gettyimages/krisanapong detraphiphat)


Dinheiros extra na carteira

Os valores recebidos podem funcionar como um tipo de complemento na renda mensal de uma pessoa, afinal de contas todo mundo gosta de uma graninha extra no bolso, não é verdade? Em alguns casos, os dividendos podem até mesmo ser a principal fonte de ganhos para alguns investidores. “Não é tão raro conhecer pessoas que recebem em proventos o equivalente ao salário do mês”, explica o Gabriel Duarte, da Ticker Research, em entrevista à Forbes. Há pessoas que adotam a estratégia pessoal de reinvestir os valores recebidos aproveitando os chamados “juros compostos”.

Eles são a soma de todos os juros recebidos em um investimento com o valor inicial que foi investido, gerando novos juros a cada período e possuindo a capacidade de potencializar o retorno de um montante investido no longo prazo. Funciona como se o dinheiro estivesse trabalhando por conta própria e crescendo de forma exponencial, aumentando a renda passiva ao longo do tempo. Com isso, as empresas consideradas boas para se investir tendem a corrigir os rendimentos com base na inflação acumulada no período considerado, permitindo um retorno considerado real ao investidor.

Foto destaque: B3 Bovespa. Reprodução/Bloomberg/Colaborador/Gettyimages

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