Policiais Militares de Goiás foram presos em operação “Tesarac” contra corrupção dentro da própria academia nesta terça-feira (19). Os soldados foram acusados pelo envolvimento de uma sequência de assassinatos no Estado. A Polícia Civil iniciou operação que reverteu no cumprimento de 10 mandados de prisão cautelar além de 18 mandatos de busca e apreensão.
Operação de mudança
A Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSPGO), informou que a Corregedoria da PMGO abriu procedimentos legais cabíveis para apuração dos fatos e afirmou que não admite qualquer tipo de desvio de comportamento das Forças de Segurança. O mandado e busca e apreensão foram feitos pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Anápolis.
Imagem de Divulgação da PM de Goiás (Reprodução de site metropoles.com)
A lista de locais que são cumpridos mandados: Anápolis, Caldas Novas, Nerópolis, Nova Veneza, Goiânia e Brasília. De imediato, a ação visa elucidar homicídios sucedidos em Anápolis e Terezópolis.
O nome da operação tem origem no termo “Tesarac” criado pelo poeta americano Shel Silvertein, que na ocasião da morte da esposa e filha, quis traduzir a mudança profunda sobre o vazio que sentiu. A palavra também é utilizada para descrever a circunstância atual, permeada de transição social, culturais e econômicas.
Seis detidos
Ao todo foram presos seis policiais militares, sendo um sargento. O grupo foi conduzido logo pela manhã em viaturas descaracterizadas para a Corregedoria da Polícia Militar de Goiás, situada na rua José Gomes Domingues, no Bairro Santa Fé. A investigação cujos Pms estão sendo submetidos é pela suspeita de recebimento de propina e de ligação com desvios de materiais confiscados em bloqueios policiais. Somente o primeiro nome de três foram reconhecidos: Anderson, Gilmar e Rafael.
De acordo com o “Correio do Estado”, durante a busca e apreensão, foram retidos pistolas, munições, computadores, HDs, documentos, malas pneu de moto. Os objetos capturados foram encaminhados para a Corregedoria, não havendo relatos sobre valores em espécie.
A informação é que os policiais envolvidos na operação podem ser conduzidos ainda hoje para o Presídio Militar, no complexo penitenciário da Capital.
Foto Destaque – Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas em Goiânia – Reprodução/Foto: Thauany Melo/g1 Goiás
