Nesta quarta-feira (4), liderado pela Defesa Civil e pela Vale, uma simulação de emergência foi realizada em Brumadinho. O procedimento tem como objetivo instruir os moradores, visitantes, órgãos públicos e funcionários da empresa sobre como agir em situações reais de perigo. A ação faz parte do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM). Brumadinho está localizada na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Como funcionam as simulações
Segundo a Vale, empresa multinacional de mineração envolvida da tragédia de Brumadinho de 2019, o treinamento começa com o toque das sirenes e o evacuamento da população dos locais. “Ao ouvir o alerta sonoro, os participantes deverão seguir as placas de rotas de fuga e se dirigir ao ponto de encontro mais próximo, que são os locais seguros” esclareceu a empresa em seu comunicado oficial.
O procedimento ocorreu para a população oriunda de regiões próximas às barragens B6, B7, Menezes I e Menezes II, todas da mina de Córrego do Feijão. Tais localidades resultam na chamada Zona de Autosalvamento, nas quais as autoridades não conseguem chegar antes das inundações, quando há o rompimento de uma barragem. Com isso, as pessoas são instruídas com métodos de sobrevivência que devem ser realizados até a chegada das equipes de resgate.
Fiscalização contínua das barragens
A mineradora afirmou que a ação foi concluída com sucesso e não apresentou alteração nas barragens da cidade. “As barragens da empresa passam por inspeções rotineiras de campo e são monitoradas permanentemente por uma série de instrumentos e pelo Centro de Monitoramento Geotécnico (CMG).” Declarou a Vale durante um treinamento ocorrido em 2022. São mais de 97 barragens, ativas ou inativas, da empresa espalhadas por todo o país.
A Assembleia Legislativa de Minas Gerais instalou uma placa na entrada de seu prédio em memória de todas as vítimas da tragédia (Foto: Reprodução/Elizabete Guimarães/almg.gov)
Brumadinho ficou marcado na história por conta da catástrofe ocorrida em janeiro de 2019. O rompimento de uma das barragens da área resultou na morte de mais de 270 pessoas, algumas estão desaparecidas até hoje. Além disso, causou prejuízo no abastecimento de água para vários municípios vizinhos por conta do contaminação do Rio Paraopeba.
Foto Destaque: As sinalizações espalhadas pela cidade auxiliam os moradores em situações reais de emergência. Reprodução/Leo Fontes/O Tempo.
