Na madrugada deste sábado (15), no Brasil, o sérvio Novak Djokovic foi encaminhado para um centro de detenção em Melbourne, às vésperas do Aberto da Austrália. Djokovic enfrenta um processo de deportação após ser acusado de ter mentido sobre o período de quarentena no questionário obrigatório para dar entrada ao país, com isso, a justiça australiana examina a sua deportação, tendo em vista, que ele não tomou a vacina de prevenção à Covid-19.
Novak Djokovic durante os treinos na quadra central de Melbourne (Foto: Reprodução/Twitter-Novak Djokovic)
O tenista número um do ranking mundial, já havia sido detido na semana passada e ficou cinco dias no mesmo cento de detenção. O caso foi encaminhado para o juizado de Melbourne depois da apelação de sua defesa, porém, o juiz da cidade se reconheceu incompetente e por esse motivo, a investigação foi transferida para a justiça federal da Austrália. A mudança de jurisdição pode deixar o processo mais lento e isso preocupa a defesa do sérvio por conta do início do Aberto da Austrália na próxima segunda-feira.
De acordo com a documentação apresentada pela justiça, as autoridades australianas argumentam que a presença de Djokovic no país pode “incentivar os sentimentos antivavacinas” e criar grandes problemas para a população. Não é a primeira vez que o sérvio entra em polêmicas envolvendo o seu negacionismo. No ano passado, no auge da pandemia, Novack Djokovic organizou um torneio em seu país natal com a liberação de público, o que resultou em diversas pessoas contaminadas, inclusive ele.
Enquanto o tribunal estuda o caso e analisa a argumentação de ambas as partes, Djoko segue recluso em uma casa de detenção, que não teve a sua localidade divulgada. Ele faria a sua estreia no Aberto da Austrália na próxima segunda-feira (17) diante o seu compatriota Miomir Kecmanovic. Na pior das hipóteses, o tenista pode ser banido do país por até três anos, além de ser deportado imediatamente.
Foto destaque: Novack Djokovic . Reprodução/Mykhel.