Com a crescente integração da inteligência artificial na sociedade, a forma como as empresas de tecnologia coletam e utilizam dados tornou-se uma preocupação central para todos os usuários. A gigante de tecnologia Meta está atualmente no centro das atenções devido ao uso de fotos do Instagram e postagens do Facebook no treinamento de seu assistente de inteligência artificial (IA), conforme revelado por Nick Clegg, presidente de assuntos globais da Meta, em entrevista à Reuters.
Fala de Clegg
Nick Clegg cedeu uma entrevista a revista Reuters, no qual relatou que a inteligência artificial trabalha seu desenvolvimento somente por meio de textos e fotos de postagens de usuários, que já são públicas, ou seja, a empresa não está propriamente invadindo o espaço pessoal de seus usuários, mas sim, utilizando do conteúdo produzido para treinar sua própria inteligência artificial.
O atual presidente de assuntos globais da Meta já atuou anteriormente como primeiro ministro do Reino Unido ( Reprodução / Jonathan Hordle / Shutterstock )
Embora a Meta tenha assegurado que está tomando medidas para salvaguardar os detalhes privados dos usuários contra exposição pública. Os detalhes específicos dessas ações não foram divulgados em profundidade. Nick Clegg observou: “Estamos fazendo esforços para excluir conjuntos de dados que contenham informações altamente pessoais,” enquanto ressaltava que a empresa não recorreu a sites de terceiros para treinar sua IA.
Preocupações de Privacidade e Medidas de Proteção da Meta
Recentemente, a Meta lançou uma versão Beta de seu assistente virtual, o Meta AI, para o público. O Meta AI tem como propósito auxiliar os usuários na criação de adesivos digitais com base em instruções de texto, bem como na edição de fotos e na interação com personalidades de IA.
Para desenvolver o Meta AI, a empresa utilizou o modelo de linguagem Llama 2 e um modelo de texto para imagem chamado Emu, ambos treinados com imagens do Instagram e do Facebook.
Autores, artistas e desenvolvedores têm expressado preocupações e entrado com processos contra empresas de IA, temendo que seus trabalhos estejam sendo usados sem consentimento para treinar tecnologias que possam prejudicar suas carreiras.
No contexto das redes sociais, os usuários do Facebook e Instagram são considerados proprietários do conteúdo que compartilham, desde que não violem os direitos de propriedade intelectual de terceiros, de acordo com as políticas da Meta. Em teoria, os usuários podem buscar ações legais se sentirem que sua privacidade foi violada.
Foto destaque: A empresa META pertence a Mark Zuckerberg ( Reprodução / REUTERS / Dado Ruvic )