Coreia do Norte suspende operação do reator nuclear

Laura Azevedo Borin Por Laura Azevedo Borin
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A República Popular Democrática da Coreia (Coreia do Norte) adotou uma ação de grande relevância em seu programa nuclear, optando por suspender as operações do reator nuclear com capacidade de 5 megawatts situado nas instalações do complexo de Yongbyon. Esse desenvolvimento, que se materializou no final do mês de setembro, está levantando sérias inquietações no que se refere à possibilidade de o país buscar a extração de plutônio, por meio do processo de reprocessamento de barras de combustível já utilizadas, com o propósito de potencialmente empregá-lo na fabricação de armas nucleares.


Registro do reator nuclear da Coreia do Norte. (Foto: Reprodução/ ABDAN)


Fonte de plutônio

O complexo nuclear de Yongbyon é amplamente reconhecido por sua significativa contribuição para a produção de plutônio na Coreia do Norte. A etapa crucial do processo nuclear envolve o reprocessamento das hastes de combustível já utilizadas, uma ação que suscita consideráveis inquietações e questionamentos acerca das intenções do governo norte-coreano em relação à sua atividade nuclear.

Além da suspensão do reator nuclear, a Coreia do Norte também opera instalações de enriquecimento de urânio. Isso representa uma fonte separada de material que poderia ser usado na fabricação de armas nucleares. A combinação desses dois métodos de obtenção de material nuclear levanta sérias preocupações na comunidade internacional.

Possibilidade de teste nuclear

Apesar da ausência de confirmações por parte das autoridades norte-coreanas em relação às suas intenções, é importante salientar que não podemos negligenciar a hipótese de que a paralisação das operações do reator nuclear esteja de alguma forma vinculada a potenciais planos futuros relacionados a testes nucleares. Este cenário, que suscita preocupações significativas, demanda uma atenção permanente e contínua para monitorar qualquer desenvolvimento nesse sentido.

As autoridades de inteligência dos EUA e da Coreia do Sul estão monitorando de perto a situação. A Coreia do Sul, por meio de seu porta-voz do Ministério da Defesa, Jeon Ha-gyu, reafirmou o compromisso das nações em manter uma vigilância rigorosa sobre os acontecimentos relacionados ao programa nuclear norte-coreano.

 

Foto destaque: Instalação nuclear. Reprodução/ O Globo

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