Ministério Público da Espanha quer aumentar a pena de Daniel Alves por agressão sexual

No último desenvolvimento do caso de Daniel Alves divulgado nesta sexta-feira (01), o Ministério Público da Espanha afirmou que vai recorrer a sentença do jogador de futebol brasileiro (atualmente quatro anos e meio de prisão) para tentar aumentar a sua pena por agressão sexual. Como justificativa, o órgão federal nega a utilidade dos 150 mil euros (R$ 798 mil) como atenuante por reparação de dano.

Trata-se de uma revisão sobre a decisão realizada na 21ª Seção da Audiência de Barcelona na semana passada, que acabou com a condenação atual do jogador. A juíza do caso, Isabel Delgado Pérez, havia considerado que o valor pago servia como atenuante para reduzir a pena de Daniel – o que o Ministério Público espanhol agora nega, buscando o aumento da sentença.

A advogada da vítima afirmou que sua cliente já estava satisfeita com a condenação, embora a sentença tivesse sido relativamente baixa comparada com outros casos. A iniciativa atual parte do próprio governo espanhol, que acusa o pagamento de Daniel de ter interferido com a qualidade não-discriminatória da justiça, uma vez que afetou o resultado final da condenação.


Daniel Alves no primeiro dia do seu julgamento (reprodução/ACN/Jordi Borràs/Globo)

Indenização e pena

Uma das principais complicações referentes ao valor pago de quase R$ 800 mil é que a tentativa de reparação de dano foi paga antecipadamente para que a vítima retirasse completamente a sua acusação. Ela recusou, mas ainda assim a defesa de Daniel Alves efetuou o pagamento, de forma independente.

Nos preocupa um pouco que se transmita à sociedade o fato de que pessoas que tenham uma capacidade econômica importante possam ver sua pena reduzida, se podem consignar uma quantidade importante de indenização,” afirmou Ester García, advogada da vítima, que queria a pena máxima de 12 anos, sem indenização.

Muito provavelmente, o valor teria sido aceito como indenização caso a vítima não o tivesse recusado, estabelecendo um acordo entre as duas partes. Como o pagamento foi feito de forma independente e não requerida, o MP espanhol agora está considerando que o resultado pode ser considerado discriminatório, devido à capacidade financeira de Daniel Alves.

Neste escritório, há muitos casos de violência sexual, e é a pena mais baixa que tivemos em 20 anos,” concordou Ester.

Suporte de Neymar

Como Daniel Alves ficou sem acesso aos seus bens durante a prisão preventiva, o valor de 150 mil euros lhe foi dado pela família de Neymar, jogador que é amigo de longa data, com o objetivo justamente de reduzir a pena caso Daniel fosse condenado pelo crime. No começo do caso, o Ministério Público espanhol estava almejando uma pena de ao menos 9 anos de prisão.

Com a pena reduzida para quatro anos e meio, e contabilizando o tempo que já ficou preventivamente recluso no Centro Penitenciário Brians 2, o ex-jogador pode sair relativamente cedo caso mantenha um bom comportamento. Por isso e outras razões, o ato de recorrer a sentença vai buscar tratar o caso como qualquer outro caso de agressão sexual, e avaliar uma pena mais comparável ao normal.

A defesa de Daniel Alves ainda vai buscar utilizar a oportunidade para recorrer o caso na outra direção, argumentando mais uma vez pela completa inocência do ex-jogador, embora tenha sido confirmado pelo judiciário a falta de consentimento e vários elementos que comprovam a violação.

TSE determina que plataformas devem remover conteúdo eleitoral sem autorização judicial

Nesta última terça-feira (27) foi aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma resolução que determina que as redes sociais devem deletar os conteúdos eleitorais “sabidamente inverídicos” mesmo sem decisão judicial prévia. Trata-se de uma sugestão em um pacote de 12 regras que deverão ser aplicadas nestas eleições municipais de 2024, e deve servir para combater a desinformação política.

O papel do TSE é desdobrar o que está disposto na Constituição Federal e nas leis. Não podemos ultrapassar, não ultrapassamos, mas temos que dar cumprimento ao que a Constituição estabelece“, afirmou a ministra Cármen Lúcia, que deve presidir o TSE durante as eleições deste ano.

A regulação determinou que as plataformas deverão implantar medidas para impossibilitar ou dificultar a veiculação de notícias falsas que busquem atacar a integridade do processo eleitoral, como ocorreu em eleições passadas. Entre os tipos de conteúdo que devem ser retirados das redes, o texto destaca discursos de ódio (racismo, misoginia, homofobia, nazismo) e ataques ideológicos à democracia.


Cármen Lúcia diz que vai adotar um perfil duro nas eleições municipais (Foto: reprodução/Agência Brasil/Tânia Rêgo)

Decisão Judicial

É um grande passo na defesa da verdadeira liberdade de expressão“, disse o ministro Alexandre de Moraes, que redigiu a medida editada pela ministra Cármen.

Antes, as plataformas podiam cortar atalhos na moderação e manter conteúdos irregulares com a desculpa de que é impossível remover qualquer conteúdo sem ordem judicial oficial. Agora, qualquer falta de moderação poderá estar sujeita à multa, sem a necessidade de passar por um processo burocrático de denúncia, o que já ocorre em outros países, como por exemplo na Alemanha.

Esta medida do TSE avança significativamente o projeto de lei das Fake News, que se baseia desde o pleito em 2022, na lei alemã que multa as plataformas pela falta de moderação, a NetzDG (Lei de Fiscalização de Rede) de 2017, que já multou a Meta (Facebook, Instagram, WhatsApp) em mais de dois milhões de euros.

Outras Medidas

Entre outras medidas também aprovadas no mesmo pacote, a moderação sobre a desinformação é acompanhada de regras secundárias:

  • Juízes devem assegurar que o conteúdo removido é de fato ilegal perante à lei;
  • Plataformas devem comprovar a sua atuação na remoção de conteúdo irregular;
  • Plataformas devem combater ativamente as fake news, por exemplo, a partir da veiculação de informações que expliquem dados outrora descontextualizados.

Além disso, há a proibição completa de deepfakes utilizando a tecnologia de inteligência artificial, além da forte limitação sobre chatbots e imagens produzidas por IA. O descumprimento das medidas poderá levar à imediata cassação de candidatos, caso seja encontrada em flagrante.

Israel mata mais de 100 civis que esperavam por comida em Gaza e viola leis humanitárias internacionais

Na manhã desta quinta-feira (29), as Forças de Defesa de Israel (FDI) abriram fogo em civis palestinos que estavam reunidos em volta de caminhões de ajuda humanitária, aguardando a entrega de alimentos. Até o momento, foram confirmadas 104 mortes e mais de 760 pessoas feridas.

De acordo com o Ministério da Saúde palestino, os dois números ainda devem aumentar após a contagem dos corpos e pessoas que ainda estão no local. O massacre ocorreu na rua Haroun Al Rasheed, no oeste de Gaza, e já foi condenado pelo Ministério das Relações Exteriores da Autoridade Nacional Palestina (ANP) como “hediondo”, e pelo governo do Egito como “um ataque desumano israelense” contra “civis palestinos desarmados”.

Nós consideramos atacar cidadãos pacíficos que correm para pegar parte da ajuda um crime vergonhoso e uma flagrante violação do direito internacional”, comunicou o Egito, em concordância com a Oxfam International, que denunciou o caso como uma “grave violação das leis humanitárias internacionais e da nossa humanidade”.


Palestinos em volta dos caminhões de ajuda humanitária (Vídeo: reprodução/Youtube/UOL)

“Massacre hediondo”

As FDI já divulgaram imagens sobrevoando o local antes do ataque, evidenciando a densidade de civis palestinos em torno dos caminhões que traziam ajuda humanitária. Após os palestinos se aproximarem dos veículos, o Exército israelense abriu fogo com tiros de drone e tanques de guerra.

Atualmente, Israel descreveu duas versões do incidente, com um comunicado das FDI afirmando que os civis morreram “como resultado do empurra-empurra, pisoteamento e atropelamento pelos caminhões“, enquanto que um oficial israelense disse à CNN que o que realmente ocorreu foi que “a multidão se aproximava das forças de uma maneira que representava uma ameaça às tropas, que responderam à ameaça com fogo real”.

Esse incidente, junto com a ofensiva sobre Rafah, demonstra que Israel tem cada vez mais avançado sobre locais onde ajuda humanitária poderia chegar aos palestinos, cortando o acesso a suprimentos, e vias de escape.


Palestinos indo ao mar para recuperar ajuda humanitária (Vídeo: reprodução/Youtube/UOL)

Israel vs. Ajuda Humanitária

O bloqueio israelense de ajuda humanitária chegou a tal ponto que palestinos famintos (que no total podem representar 2,2 milhões em Gaza, segundo a ONU) chegaram a ir ao mar tentar recuperar uma parte dos suprimentos que caíram de um avião nesta última segunda (26).

Tratando-se de ajuda humanitária, em raros casos países são forçados a entregá-la por ar, devido à ineficiência e custo alto do transporte, além do risco claro em dirigir uma embarcação aérea sobre uma zona de conflito. No entanto, foi justamente desse modo que os suprimentos tiveram de ser entregues, uma vez que as tropas israelenses passaram a bloquear grande parte da ajuda terrestre. Com o incidente desta manhã, a precaução parece ser justificada.

O incidente está sobre revisão“, disseram as Forças de Defesa de Israel. Os hospitais locais, Al Shifa, Kamal Adwan, e Al Awda, afirmaram que muitas das vítimas estão chegando já mortas, e com grande atraso por causa de escombros bloqueando o caminho das ambulâncias. O número de mortos e feridos ainda deve ser atualizado pelo Ministério da Saúde palestino após a contagem final.

Investidores exigem que Disney apresente estratégia de inteligência artificial

Nesta segunda-feira (26), a Blackwells Capital afirmou que a Walt Disney deve apresentar uma estratégia para o uso de inteligência artificial, com base em análise que indica um possível aumento de até 129% nas ações da grande empresa de entretenimento caso a tecnologia seja implementada.

A Disney deve produzir uma estratégia de inteligência artificial e compartilhar elementos dessa estratégia com seus acionistas,” disse Blackwells, que é um dos principais acionistas da gigante norte-americana.

Em resposta, o porta-voz da Disney preferiu não responder com um comentário imediato, mas é esperado que a empresa tome uma decisão sobre a tecnologia brevemente, devido ao interesse global pela pauta, e a pressão dos investidores.


Bob Iger, o CEO atual da Disney (Foto: reprodução/NBC/IGN)

Inteligência Artificial

Desde o começo do ano passado até o momento, foram adicionados cerca de US$ 5,3 trilhões na valorização das maiores empresas de tecnologia e informação do mundo, um aumento em grande parte atribuído por analistas ao interesse crescente na tecnologia de inteligência artificial, que hoje atrai muitos investidores. Para os acionistas da Disney, entrar nesta onda é apenas uma questão de tempo.

O impacto da inteligência artificial na Disney é [de acordo com projeções], no mínimo, comparável ao impacto em grandes empresas de tecnologia,” afirmou a Blackwells Capital. “O potencial da Disney nos espaços de IA e computação espacial não pode ser subestimado.

Até o momento, a Disney tem adotado a tecnologia de forma comparativamente moderada para uma empresa de sua escala, deixando de empregar milhares de funcionários e contratando especialistas que trabalham com a IA, mas sempre com a fala do CEO Bob Iger dizendo que prefere não depender da tecnologia, e sim da criatividade de seus artistas. No entanto, com a pressão de Blackwells, um de seus maiores investidores, é possível que a empresa de entretenimento mude a sua opinião oficial no debate gerado pela ferramenta polêmica.

Sugestões

Blackwells Capital é liderada por Jason Aintabi, que deve buscar assentos na diretoria da Disney em uma votação do dia 3 de abril, em que os acionistas da empresa podem decidir o rumo futuro da empresa. Entre os argumentos dados, Blackwells afirmou que as ações da Disney podem subir de US$ 107,74 para US$ 246,96, apelando para o interesse principal dos acionistas.

Entre outros comunicados de Blackwells para Disney, também se encontram sugestões como a separação dos ativos de parques e hotéis para um fundo de investimento imobiliário, e a contratação de um diretor corporativo de tecnologia para ajudar na imaginada transformação da empresa.

Ainda não se sabe o intuito da implementação da IA na Disney, e em qual escala ela está sendo imaginada. Entre as várias possibilidades, é possível implementá-la somente para melhorar serviços existentes como o Disney+ e o agendamento de parques e hotéis, ou a implementação na própria produção de conteúdo, utilizando a ferramenta para redigir as narrativas de novos filmes e criar novos personagens.

Bitcoin dispara e poderá chegar em alta histórica durante o ano de 2024

Nesta terça-feira (27), a criptomoeda Bitcoin (BTC) registrou uma valorização de +11% em 24 horas, alcançando o valor de US$ 57 mil (R$ 281 mil). Trata-se de um patamar que não era visto desde 2021, quando a moeda chegou ao seu pico histórico. Para ter uma ideia do salto representativo, é mais de um terço do aumento que ocorreu durante um mês (+32%), no intervalo de um só dia.

Continuamos acreditando que o BTC pode superar as máximas históricas [US$ 68.600] e alcançar os US$ 80 mil,” afirmou Vinícius Bazan, analista especialista no mercado de criptomoedas.

Tal esperança vem de diversos fatores que hoje colidem para criar um cenário otimizado para o crescimento do Bitcoin no ano de 2024. Mais especificamente, existem duas razões principais para a grande alta no valor da primeira criptomoeda descentralizada.

ETFs e Shorts

Em primeiro lugar, no início deste ano, a SEC (Securities and Exchange Commission) aprovou a criação dos primeiros ETFs (Exchange Trade Funds) de Bitcoin nos Estados Unidos. Isso trouxe mais investimentos à criptomoeda, e com a oferta diminuindo no mercado, é natural que o preço aumente.

Os ETFs são como fundos de investimentos, agrupando várias ações, mas com o detalhe de que a gestão é mais passiva, com referência a um índice do mercado. É o equivalente de investir não só em uma ação, mas em várias, e pagando uma taxa ao gestor em troca do risco minimizado: um ETF associado ao índice Ibovespa, por exemplo, é influenciado quando ele cai ou sobe.

Em segundo lugar, o Bitcoin ganhou mais confiança em sua trajetória quando vários investidores de shorts (apostando na queda do preço das ações) liquidaram seus esforços, indicando fortes suspeitas que a moeda iria valorizar. Com isso, outros investidores apostam na criptomoeda para capitalizar na valorização, a oferta de Bitcoin cai no mercado e aumenta o seu valor, concretizando a suspeita.

O shorting é uma prática comum nos investimentos. Embora o mais intuitivo seja tentar comprar barato e vender por um preço maior depois – gerando lucro – o shorting inverte o timing das operações: com uma ação emprestada, primeiro se vende por um preço maior, e depois se compra por um preço menor, totalizando o mesmo lucro, embora com riscos diferentes.


Valorização da moeda com destaque para anos de halving. (reprodução/Cryptorank.io/SeuDinheiro)

Halving

Além desses dois fatores que impulsionaram a moeda no começo deste ano, um terceiro evento que ocorre em abril poderá aumentar ainda mais seu preço: a redução pela metade da nova oferta de moeda que entrará no mercado a partir da mineração, o halving do Bitcoin.

Em todos os ciclos anteriores, a demanda começou a esquentar meses após o halving, mas agora estamos observando uma maior atividade antes do halving e isso foi antecipado devido a uma forte demanda que era esperada com a aprovação dos ETFs”, disse Sebastián Serrano, CEO da Ripio, empresa de carteira digital fundada em 2013.

Atualmente existem cerca de 19 milhões de moedas de Bitcoin em circulação, e elas devem parar de ser emitidas quando o número chegar a 21 milhões. A cada halving que ocorre, a nova oferta da moeda diminui, o que aumenta seu preço enquanto a demanda tiver um crescimento estável. De acordo com especialistas, com cada vez menos moedas introduzidas no mercado, cada uma delas obtém um valor mais alto, indicando que todos os fatores apontam para a valorização alta do Bitcoin em 2024.

Obsessão por viagens na Ásia faz Klook ganhar mais de R$ 4,5 bilhões

Foi revelado em dado recente que a empresa Klook, uma das maiores agências de viagem em todo o continente asiático, faturou mais de US$ 900 milhões (cerca de R$ 4,5 bilhões) em rodadas de financiamentos.

Atualmente, isso significa que a Klook está avaliada em mais de US$ 1 bilhão (ou até R$ 5 bilhões). De origem em Hong Kong, onde foi fundada em 2014 por Eric Gnock Fah, Ethan Lin, e Bernie Xiong, a startup sempre manteve seu foco no público jovem, e hoje possui usuários com a idade média entre 27 e 35 anos. “Somos o primeiro ponto de contato deles quando estão planejando suas férias,” disse Ethan Lin em entrevista na sede da empresa.


Klook apelou para o público jovem oferecendo serviços para os shows em Singapura (Foto: reprodução/Klook/WebInTravel)

Entre as várias adaptações para o público jovem, a Klook agora está experimentando oferecer serviços para clientes que estão indo para Singapura ver o show da Taylor Swift, como transporte agendado para depois da apresentação. O projeto vem acompanhado de forte investimento nas redes sociais e parcerias com diversos influenciadores.

Histórico da Klook

A história é de que a ideia da Klook surgiu quando Ethan Lin, viajando em Nepal em 2013, se deparou com várias dificuldades em se inscrever para tours locais, e decidiu criar uma empresa para satisfazer essa necessidade, com foco especial na Ásia.

A Ásia é um dos maiores mercados de viagens no mundo,” escreveu Bryan Wu, parceiro da Bessemer Venture Partners, que ajudou no investimento e expansão da empresa. “À medida que a penetração das reservas online continua a aumentar, a Klook, como líder da categoria, está melhor posicionada para crescer e se tornar uma plataforma de viagens de próxima geração forte.

Klook é uma abreviação para Keep Looking (Continue Olhando), e há quase uma década dá aos usuários do seu site e aplicativo a possibilidade de adiantadamente agendar serviços que turistas geralmente procurariam na hora, como passeios, transporte, restaurantes, Wi-Fi, e até massagens. Com crescimento rápido, a empresa agora busca acelerar ainda mais os negócios, aproveitando a recuperação do turismo após a pandemia da Covid-19.

As pessoas estão procurando mais coisas para fazer, e acho que a Covid acelerou isso,” opinou Lin sobre o crescimento no continente asiático. “Agora, as pessoas simplesmente querem experimentar a vida.

Pós-pandemia

Entre os investimentos divulgados, a Klook já afirmou que vai buscar utilizar a inteligência artificial para traduzir o site e aplicativo de forma a atingir um público ainda maior do que o permitido pelos dez idiomas já implementados. Além disso, há o interesse em continuar crescendo o número de serviços oferecidos (que hoje constam em 530 mil experiências distintas), e a qualidade do atendimento em si.

China lança Magic 6 Pro, celular com inteligência artificial integrada

Neste domingo (25), foi lançado globalmente o Magic 6 Pro, smartphone aprimorado com inteligência artificial que antes só havia sido lançado na China. Entre as funcionalidades integradas, é foco de atenção a ferramenta que permite o usuário dirigir seu carro remotamente apenas com os seus olhos.

A empresa chinesa de tecnologia, Honor, busca integrar essa tecnologia internacionalmente, como parte de sua estratégia para diferenciar seu produto no mercado de smartphones – atualmente visto como lento – a partir do uso da IA. Os avanços tecnológicos da empresa deverão ser apresentadas no Mobile World Congress (MWC) que inicia nesta segunda-feira (26) em Barcelona.

O Magic 6 Pro vêm com câmera de 180 megapixels, e até 1TB de memória. Entre as funcionalidades exclusivas do aparelho, há o “Magic Portal” (Portal Mágico) que permite que o usuário possa selecionar e arrastar mensagens para aplicativos de modo que a inteligência artificial “adivinha” o que você quer buscar com cada combinação. Por exemplo, seria possível arrastar um endereço que lhe foi enviado por mensagem de texto para um aplicativo como o Google Maps para automaticamente traçar a rota, ou arrastar a imagem de um produto para um navegador e facilmente achar onde comprar o produto online.


Amostra do Magic 6 Pro (Foto: reprodução/Honor/AndroidFinal)

Mercado Chinês

A empresa chinesa Honor tem passado por adaptações recentemente, ao ser vendida pela Huawei Technologies à estatal Shenzhen Zhixin New Information Technology Co. em novembro de 2020. Com o novo produto, ela busca usar o interesse global em inteligência artificial para se destacar no setor, que na China continua altamente disputado.

De acordo com a International Data Corporation, a Apple tinha uma participação de 17,3% no mercado chinês, enquanto que a Honor era responsável por 17,1%. Outras empresas com participação similar são a Xioami e a Huawei, enquanto que também crescem novos competidores como a Oppo.

Inteligência Artificial

Em vista de tanta concorrência, explica-se o interesse por trás das inovações prometidas pelo Magic 6 Pro, que também poderá ter a integração global do modelo de linguagem grande LlaMA 2, uma ferramenta semelhante ao ChatGPT.

Entre outras empresas que pensam similarmente, está a Samsung. O Galaxy S24, também planejado para tomar vantagem da tecnologia desenvolvida da inteligência artificial, também deverá ser apresentado no MWC, onde a empresa deve mostrar ao público sua visão para o futuro da IA, e até permitir que usuários interajam com celulares em amostra.

Estátua de Daniel Alves pode ser retirada da cidade onde nasceu após pedido de moradores

Na última quinta-feira (22), os moradores da cidade de Juazeiro, na Bahia, encaminharam um pedido à prefeitura para que a estátua de Daniel Alves seja retirada da cidade. Isso ocorre após o lateral brasileiro ter sido condenado pela Justiça da Espanha a quatro anos e meio de prisão por agressão sexual.

A estátua em questão, localizada na praça do Vaporzinho, foi inaugurada na cidade natal do jogador em 2020. É uma obra do artista plástico Leo Santana, e já foi vandalizada pelos moradores da cidade duas vezes desde que o jogador foi preso em janeiro de 2023.

Quando questionada sobre o destino da estátua, a assessoria da prefeita Suzana Alexandre de Carvalho Ramos apenas disse que “no atual momento, esse assunto não está em pauta, portanto não estamos avaliando o tema”, dando a entender que a homenagem deve permanecer em Juazeiro pelo momento enquanto a prefeitura lida com demandas mais urgentes.


Daniel Alves foi condenado a quatro anos e meio de prisão por agressão sexual (Foto: reprodução/Globo)

Opiniões

O ex-prefeito, Paulo Bomfim, em cuja gestão a estátua foi inaugurada, disse que “se a atual administração achar que deve retirar, que faça”, alegando que na época da homenagem Daniel Alves ainda não era acusado de crimes.

Uma moradora, Érika Ribeiro, poeta premiada e professora de Língua Portuguesa em escola pública de Juazeiro, já afirmou que manter a estátua de um indivíduo condenado por crime sexual seria “uma declaração de apoio à conduta do agressor”.

A gente não aceita,” concordou a ativista Maria Quitéria Lima, presidente da União Brasileira das Mulheres em Juazeiro, relembrando que é um procedimento crescentemente comum na atualidade, com a retirada de nomes de criminosos e torturadores da ditadura militar de ruas e praças.

Vandalismo

Quando procurados, os vereadores de Juazeiro, Mitu e Anderson, confirmaram que não houve discussão na Câmara sobre qualquer possível alteração na estátua de bronze, que custou R$ 150 mil para ser fabricada. Hoje ela ainda permanece na praça próxima da de João Gilberto, também feita por Leo Santana.

Os dois casos de vandalismo na estátua de Daniel Alves ocorreram em 8 de março (Dia Internacional da Mulher) e 7 de setembro (Dia da Independência do Brasil), com um saco plástico de lixo afixado em sua cabeça com fita adesiva.

Ucrânia vai preparar nova contraofensiva, segundo Zelensky

Neste sábado (24) ocorrerá o aniversário de dois anos da guerra entre a Ucrânia e a Rússia, e às vésperas, o conflito parece prestes a se intensificar. Em entrevista, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky afirma que uma nova contraofensiva está sendo preparada para cumprir os objetivos não alcançados em outras missões.

É claro que prepararemos uma nova contraofensiva, uma nova operação”, disse Zelensky em comentário publicado na quinta-feira (22). Ele ainda adicionou que o campo de batalha ao Leste “não é um impasse”, mas que a situação é simplesmente “muito complicada“, e que, até o momento, o “único sucesso” de Putin nos últimos nove meses foi a tomada da cidade de Avdiivka.

Atualmente, a Rússia detém 18% do território ucraniano, e tem planos de continuar a investida militar ao menos até chegar em Luhansk e Donetsk, que é seu objetivo declarado. No entanto, múltiplos especialistas políticos duvidam que o líder russo se limite na expansão territorial caso chegue a esse ponto.


Joe Biden anunciou 500 novas sanções à Rússia nesta sexta-feira (Foto: reprodução/BBC News)

Guerra injusta

Para justificar o caminho que o conflito tem seguido, Zelensky apontou a diferença no armamento das duas forças armadas. Segundo o presidente ucraniano, boa parte da sua desvantagem na guerra é explicada pelo fato de que a artilharia russa tem um alcance de cerca de 40 quilômetros, enquanto que a artilharia ucraniana só possui metade desse alcance. A Rússia pode atacar sem ser arriscar suas tropas.

É uma espécie de guerra injusta,” argumentou Zelensky. Por isso, a Ucrânia reforça a necessidade que o país tem de armas de longo alcance, que vem requisitando de seus aliados há meses. Porém, o suporte americano ainda está travado em debates no Congresso no momento, por conta de disputas partidárias e mudança de foco com a aproximação das eleições estadunidenses de 2024.

Aliados e inimigos

Com o passar da guerra, a fronteira do conflito sofreu várias alterações por questões geopolíticas. Os produtos da agricultura ucraniana causaram crises de concorrência em algumas partes da Europa, levando países como a Polônia, antes um forte aliado, a se distanciar e retrair o apoio antes dado.

Em contrapartida, embora os Estados Unidos estejam com dificuldades para oferecer maior suporte, o país ainda está se posicionando firmemente contra a Rússia. Nesta sexta (23), o presidente Joe Biden invocou mais 500 sanções econômicas para forçar o líder russo Vladimir Putin a pagar um preço “ainda mais alto” por suas ações recentes.

O conflito iniciado em 2022, longe de representar apenas os interesses de um país invadido, leva em conta que a Ucrânia é uma das poucas barreiras entre a Rússia e o resto da Europa no Ocidente. E ao que tudo indica, embora as forças ucranianas já estejam fatigadas, a guerra ainda deve continuar.

Câmara aprova projeto para divulgar posição de pacientes na fila do SUS

Nesta quarta-feira (21), a Câmara dos Deputados aprovou um projeto que obriga a divulgação da lista de pacientes em espera para operações no Sistema Único de Saúde. Este serviço deverá ser, obrigatoriamente, providenciado pelo governo em sites na internet, com a posição do paciente na fila e a data de agendamento.

Após ser aprovado, agora o texto deve voltar ao Senado – onde já foi antes aprovado – para uma segunda avaliação onde os senadores vão determinar se revisões são necessárias ao projeto. Caso seja inteiramente aprovado, deve passar a valer em todas as unidades federativas do Brasil, tanto nos 26 estados quanto no Distrito Federal. 


O projeto foi aprovado pela Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (Foto: Reprodução/Câmara dos Deputados/Zeca Ribeiro)

O problema das filas

De acordo com o monitoramento do Programa Nacional de Redução das Filas (PNRF) — criado em 2023 pelo Ministério da Saúde justamente para aliviar a questão das filas para operações cirúrgicas — ao final do ano passado estavam registradas quase 1,1 milhão de pessoas na “fila do SUS” quando somados os casos de todo o país. 

É a esperança atual de que a modernização do sistema de saúde com maior transparência sirva para remediar a insatisfação com a espera e facilitar a detecção de falhas operacionais.

A aprovação desse texto traz um novo momento para a saúde pública do Brasil. É injusto você ter um cidadão, que é usuário do SUS e que o sistema não é transparente para ele,” argumentou o relator do projeto, deputado Ruy Carneiro. “Ele não tem oportunidade de ter conhecimento de qual é a colocação dele na fila, quando ele vai ter oportunidade de ser operado. Hoje estamos virando essa página.

Alterações críticas

A nova política deve valer para pacientes de procedimentos cirúrgicos eletivos, os quais serão identificados pelo número do Cartão Nacional de Saúde, ou documento equivalente. As listas online devem ser atualizadas no mínimo a cada 15 dias, e deverá esclarecer o número, quanto mais atualizado possível, de pacientes atualmente na fila.

Ruy Carneiro afirmou que esse projeto vai oferecer “maior transparência ao cidadão”,  mudar as práticas políticas no setor de saúde, e facilitar o agendamento de operações. A nova versão do texto, alterada para cumprir a transparência necessária, foi reconstruída com “amplo diálogo com diversos líderes partidários”, e vai aguardar avaliação no Senado.